Retorno à lenha: Petrobrás aprova nova política de preços do gás de cozinha

Mais um golpe do governo às famílias brasileiras

Escrito por: Redação FUP • Publicado em: 08/06/2017 - 17:28 • Última modificação: 23/04/2022 - 16:25 Escrito por: Redação FUP Publicado em: 08/06/2017 - 17:28 Última modificação: 23/04/2022 - 16:25

A diretoria da Petrobrás anunciou a aprovação de uma nova política de preços para o GLP de uso residencial, o conhecido gás de cozinha, consumido por 96% das famílias brasileiras. “O preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%”, informou a empresa.

Traduzindo a equação de Pedro Parente, presidente da companhia: quem vai pagar a conta é o consumidor brasileiro, que será duplamente penalizado, pois o preço do gás de cozinha, além de sofrer reajustes mensais, estará vinculado também à variação cambial. Um claro descumprimento da Resolução nº 04 do Conselho Nacional de Política Energética, de 24/11/2005, que prevê “a proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta” do GLP, destacando o “elevado impacto social, posto que o seu custo de aquisição afeta a parcela da população brasileira de menor poder aquisitivo”. A resolução também prevê para o gás de uso doméstico “preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos”.

A gestão Pedro Parente, além de descumprir a legislação, está sepultando a política de subsídios que manteve inalterado o preço do botijão de gás entre 2003 e 2014, durante todo o governo Lula e o primeiro mandato da presidenta Dilma. Mais um desmonte da política energética que afetará principalmente a população mais pobre, que não terá mais condições de continuar consumindo gás de cozinha.

Entre 2015 e 2016, a Petrobrás já havia efetuado dois reajustes nos preços do GLP, que subiu 16,4% nesse período, causando um impacto tremendo para essas famílias, que viram o preço médio do botijão de gás disparar de R$ 29,00 para R$ 55,00. Em março deste ano, a empresa voltou a reajustar em 9,8% o produto nas refinarias, fazendo o preço médio para o consumidor saltar para R$ 66,00. Em estados da região Norte e Nordeste, as distribuidoras chegam a cobrar mais de R$ 75,00 pelo botijão. Com essa nova política de preços anunciada pela Petrobrás, o reajuste do GLP em junho nas refinarias deverá ser de mais 6,7%, podendo aumentar nos próximos meses.

Ou seja, depois de fazer as reservas da Petrobrás retrocederem 15 anos, Pedro Parente pode também levar as famílias brasileiras a voltarem aos tempos do fogão à lenha.  Faz jus ao seu passado de ministro do apagão. 

Título: Retorno à lenha: Petrobrás aprova nova política de preços do gás de cozinha, Conteúdo: A diretoria da Petrobrás anunciou a aprovação de uma nova política de preços para o GLP de uso residencial, o conhecido gás de cozinha, consumido por 96% das famílias brasileiras. “O preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%”, informou a empresa. Traduzindo a equação de Pedro Parente, presidente da companhia: quem vai pagar a conta é o consumidor brasileiro, que será duplamente penalizado, pois o preço do gás de cozinha, além de sofrer reajustes mensais, estará vinculado também à variação cambial. Um claro descumprimento da Resolução nº 04 do Conselho Nacional de Política Energética, de 24/11/2005, que prevê “a proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta” do GLP, destacando o “elevado impacto social, posto que o seu custo de aquisição afeta a parcela da população brasileira de menor poder aquisitivo”. A resolução também prevê para o gás de uso doméstico “preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos”. A gestão Pedro Parente, além de descumprir a legislação, está sepultando a política de subsídios que manteve inalterado o preço do botijão de gás entre 2003 e 2014, durante todo o governo Lula e o primeiro mandato da presidenta Dilma. Mais um desmonte da política energética que afetará principalmente a população mais pobre, que não terá mais condições de continuar consumindo gás de cozinha. Entre 2015 e 2016, a Petrobrás já havia efetuado dois reajustes nos preços do GLP, que subiu 16,4% nesse período, causando um impacto tremendo para essas famílias, que viram o preço médio do botijão de gás disparar de R$ 29,00 para R$ 55,00. Em março deste ano, a empresa voltou a reajustar em 9,8% o produto nas refinarias, fazendo o preço médio para o consumidor saltar para R$ 66,00. Em estados da região Norte e Nordeste, as distribuidoras chegam a cobrar mais de R$ 75,00 pelo botijão. Com essa nova política de preços anunciada pela Petrobrás, o reajuste do GLP em junho nas refinarias deverá ser de mais 6,7%, podendo aumentar nos próximos meses. Ou seja, depois de fazer as reservas da Petrobrás retrocederem 15 anos, Pedro Parente pode também levar as famílias brasileiras a voltarem aos tempos do fogão à lenha.  Faz jus ao seu passado de ministro do apagão. 



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