Formação: Jovens sindicalistas desenvolvem planos para potencializar a ação sindical
Organização da juventude trabalhadora, comunicação e sindicalização são temas estruturados por participantes da CNTRV em projeto desenvolvido pela IndustriALL e DGB
Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 09/08/2019 - 15:47 • Última modificação: 10/08/2019 - 12:19 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 09/08/2019 - 15:47 Última modificação: 10/08/2019 - 12:19Divulgação Projeto de formação sindical para jovens da IndustriALL e DGB/Bildungswerk vai até 2020.
Troca de experiências e interação entre jovens sindicalistas de diferentes ramos de atividade e regiões do país, marcaram o 4.º Seminário do Projeto de Formação e Capacitação da Juventude, promovido pela IndustriALL Global Union, em parceria com a DGB/Bildungswerk. A atividade aconteceu nos dias 1.º e 2 de agosto, no município de Cajamar (SP) e debateu temas estratégicos para a organização e fortalecimento das pautas da juventude nos locais de trabalho.
Representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Vestuário da CUT, participam do projeto a secretária nacional de Juventude da CNTRV, Jocelaine Souza, e os dirigentes Wellington Silva (do Sindicato dos Calçadistas de Itapetinga - BA) e Daniela Oliveira (do SINTICAL/Ipirá - BA).
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Para Jocelaine, o Seminário possibilitou momentos de integração e troca de experiências também com militantes mais velhos, o que, em sua opinião, foi fundamental para compreender diferenças e semelhanças entre as gerações. “Tivemos a oportunidade de conhecer experiências de militantes de longa data, como Paulo Vanucchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e lendário autor do texto “Valores do/a Militante”, que nos honrou com sua presença. Foi uma experiência incrível”, relatou.
Encontro entre gerações: Vanucchi, Jocelaine e Cida Trajano (presidenta da CNTRV)
Em entrevista ao portal da IndustriALL, Jocelaine, que iniciou neste ano seu primeiro mandato como secretária de Juventude da CNRTV, considerou que o acesso às tecnologias e informações não consolidou uma geração de jovens menos alienada. “Vivemos numa sociedade onde ainda existe muita alienação. A tecnologia e a informação estão presentes por toda parte, mas sempre temos dúvidas. Nunca sabemos, de fato, o que é legítimo e o que é uma lavagem cerebral promovida pelos veículos de comunicação. Neste sentido, é essencial que estejamos preparados, capacitados e bem informados para enfrentar os problemas da melhor forma possível”, destacou a sindicalista. Para ela, a juventude precisa se preparar apara assumir cargos com poder de decisão.
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Jocelaine desenvolve um plano de ação com objetivo de organizar a representação da juventude junto à Federação Democrática dos Sapateiros do RS. Durante o Seminário. ela exibiu um vídeo que mostra a perspectiva sindical sob o ponto de vista de um trabalhador calçadista de 22 anos.
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NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Um dos temas centrais do Seminário tratou da negociação coletiva e sua importância para que a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras jovens sejam verdadeiramente consideradas pelos negociadores(as). “A maioria dos sindicatos não garante espaço para que a juventude formule e organize suas reivindicações e isso resulta num processo de negociação coletiva excludente que, quase sempre, não contempla questões específicas como educação e cultura, por exemplo”, explica Jocelaine.
Para Wellington Silva, a dificuldade das entidades sindicais em estabelecer um diálogo permanente com os/as jovens é um grande obstáculo para a consolidação de pautas específicas. “No último seminário, apresentei um plano de trabalho voltado para a comunicação com trabalhadores e trabalhadoras jovens. Esse é um ponto fundamental para a aproximação do sindicato com a juventude”, destacou.
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SINDICALIZAÇÃO
A jovem sindicalista Daniela Oliveira, se empenha na estruturação de um plano para aumentar a sindicalização de jovens na empresa em que trabalha. “No geral, sabemos que o índice de sindicalização no Brasil é baixo e quando recortarmos os dados sobre a juventude nos damos conta do quanto os trabalhadores e trabalhadoras com até 30 anos são distantes do Sindicato. Em conjunto com a direção do meu sindicato, pretendo implementar um plano para sindicalizar mais jovens”, explica.
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