Depois de excluir não-violência de livros didáticos, governo recua mais uma vez

Para Marcia Tiburi, medida sustentada até a tarde de hoje é coerente com a estupidez e o processo de desmontagem da compreensão de mundo.

Escrito por: Redação RBA • Publicado em: 10/01/2019 - 12:48 • Última modificação: 23/04/2022 - 15:48 Escrito por: Redação RBA Publicado em: 10/01/2019 - 12:48 Última modificação: 23/04/2022 - 15:48

O Ministério da Educação divulgou, no dia 2, nova versão do edital que orienta a produção de livros escolares para o Brasil. Foram excluídos trechos que orientavam as editoras a utilizar ilustrações de forma a retratar “a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país”, a exemplo da promoção das culturas quilombolas e dos povos do campo.

Assim, as ilustrações de um livro não precisam mais, por exemplo, mostrar negros, brancos e índios. Os tempos em que somente crianças brancas apareciam nas figuras podem voltar... Ou não: no fim da tarde desta quarta-feira (9), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, divulgou que tornou sem efeito a medida publicada no dia 2, demarcando mais um recuo no governo que tem se notabilizado por anunciar medidas e voltar atrás, como foram os casos neste início de ano do aumento do IOF; da instalação da base norte-americana em terras brasileiras; e o recuo na suspensão da reforma agrária.

De qualquer modo, quando o ministro da Educação recuou, o debate na sociedade já estava lançado.

Além disso, a publicidade nos livros didáticos, antes proibida, passaria a ser permitida. Isso significa que se, hipoteticamente, um empresário racista quiser patrocinar um livro "didático", pode. A publicidade em material didático é proibida por resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente por ser considerada abusiva e para que produtos destinados ao ensino não tenham influência de poder econômico.

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Título: Depois de excluir não-violência de livros didáticos, governo recua mais uma vez, Conteúdo: O Ministério da Educação divulgou, no dia 2, nova versão do edital que orienta a produção de livros escolares para o Brasil. Foram excluídos trechos que orientavam as editoras a utilizar ilustrações de forma a retratar “a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país”, a exemplo da promoção das culturas quilombolas e dos povos do campo. Assim, as ilustrações de um livro não precisam mais, por exemplo, mostrar negros, brancos e índios. Os tempos em que somente crianças brancas apareciam nas figuras podem voltar... Ou não: no fim da tarde desta quarta-feira (9), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, divulgou que tornou sem efeito a medida publicada no dia 2, demarcando mais um recuo no governo que tem se notabilizado por anunciar medidas e voltar atrás, como foram os casos neste início de ano do aumento do IOF; da instalação da base norte-americana em terras brasileiras; e o recuo na suspensão da reforma agrária. De qualquer modo, quando o ministro da Educação recuou, o debate na sociedade já estava lançado. Além disso, a publicidade nos livros didáticos, antes proibida, passaria a ser permitida. Isso significa que se, hipoteticamente, um empresário racista quiser patrocinar um livro didático, pode. A publicidade em material didático é proibida por resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente por ser considerada abusiva e para que produtos destinados ao ensino não tenham influência de poder econômico. Leia matéria na íntegra



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