Campanha Salarial Unificada: Sapateiros do RS fecham nova convenção coletiva
Organização e mobilização dos trabalhadores impediram retrocesso
Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT • Publicado em: 02/09/2016 - 14:23 • Última modificação: 05/09/2016 - 09:39 Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT Publicado em: 02/09/2016 - 14:23 Última modificação: 05/09/2016 - 09:39Divulgação
Os trabalhadores calçadistas do Rio Grande do Sul aprovaram por unanimidade em assembleias realizadas no decorrer dos últimos dias, a contraproposta patronal sobre as reinvindicações da Campanha Salarial Unificada 2016. Os salários foram reajustados de acordo com a inflação do período que é de 9,56%, sem nenhum tipo de parcelamento.
Segundo o presidente da Federação Democrática dos Sapateiros do RS, João Batista Xavier, as negociações foram bastante disputadas. Para o sindicalista, apesar das reivindicações dos trabalhadores não terem sido totalmente atendidas, os patrões não conseguiram imprimir o retrocesso. “A estratégia patronal ficou muito clara. A intenção era impor o retrocesso na convenção coletiva. Chegaram a propor o parcelamento da inflação, questão imediatamente recusada pelos negociadores representantes dos trabalhadores”, ressalta Batista que considera que a realização do seminário preparatório para a Campanha Salarial com participação da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), qualificaram os dirigentes sindicais para enfrentar as negociações. Outro fator positivo levantado por Batista, foi a consolidação da Campanha Salarial Unificada por meio de caravanas que percorreram todo o Estado dialogando como os trabalhadores e mobilizando a categoria. “Os sindicatos filiados no Rio Grande do Sul estão de parabéns. Todos participaram e fizeram sua parte para que o retrocesso não fosse imposto aos trabalhadores”, finalizou Batista.
Fora Temer
Batista conta ainda que as atividades e assembleias da Campanha Salarial serviram também para o diálogo com os trabalhadores sobre a conjuntura política. “Denunciamos o golpe e tudo que está por trás e à frente dele. Aproveitamos para alertar os trabalhadores sobre as propostas do governo golpista para retirar direitos e destruir a CLT e a Previdência Social”.