Trabalhadores(as) do ramo têxtil em defesa do trabalho decente

Manifestação na av. Paulista no último dia 7 também contou com categorias em campanha salarial e reforçou críticas ao PL 4330 da terceirização

Escrito por: CNTV CUT • Publicado em: 09/10/2013 - 17:40 Escrito por: CNTV CUT Publicado em: 09/10/2013 - 17:40

A CUT e as demais centrais promoveram duas manifestações na cidade de São Paulo no último dia 7 em mais uma edição da Jornada Mundial do Trabalho Decente, manifestação que ocorre simultaneamente em mais de 100 países para cobrar condições dignas de trabalho. As atividades ocorreram na Avenida Paulista e no bairro da Mooca, zona leste da cidade. 

Na Paulista, cerca de 1.500 trabalhadores se reuniram na Praça Oswaldo Cruz e seguiram até a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde entregaram um documento que cobrou responsabilidade dos empresários nas negociações coletivas, respeito à organização sindical e a ampliação do diálogo tripartite. A CNTV-CUT esteve presente, representando os trabalhadores e trabalhadoras do ramo têxtil da CUT no combate ao trabalho precário - uma realidade da nossa categoria em muitos lugares.

“O trabalho indecente não é apenas o infantil ou escravo, que vergonhosamente ainda persistem no País, mas também um conjunto de condições que precisamos expor. Quando os trabalhadores bancários vão à greve, por exemplo, estão em defesa da melhoria das condições de trabalho para eles e para o país, portanto, em defesa do trabalho decente”, pontuou o secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo.

Todos contra o PL 4330 – Um dos pontos mais lembrados pelos dirigentes na manifestação foi o Projeto de Lei 4330/2004 da terceirização, que amplia a precarização e ameaça os direitos de todos os trabalhadores com carteira assinada.

Representante da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNQ) e do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro), Itamar Sanchez, lembrou que a maior parte dos acidentes no setor petroleiro ocorre entre os terceirizados. “Desde 1995, mais de 300 trabalhadores perderam a vida a custo do trabalho. Desses, 80% eram terceirizados. Se hoje já é assim, imagina se o PL 4330 for aprovado”, criticou.

Nem empresário acredita – Durante a entrega da carta das centrais ao empresariado, a reportagem do Portal da CUT questionou o gerente do Departamento Sindical da Fiesp, Marco Vizioli, sobre o PL 4330.

Para ele, terceirização não é sinônimo de precarização e é preciso criar um marco regulatório. Porém, mesmo para os patrões, o projeto ainda está longe de estar pronto para ser votado. “Temos que ter ainda algumas conversas”, admitiu.

Luta cotidiana 

Durante o trajeto entre a Praça Oswaldo Cruz e a sede da Fiesp, dirigentes sindicais destacaram situações presentes em diversas profissões que vão contra condições decentes de trabalho: a obrigação de motoristas de ônibus também cobrarem passagens, o cotidiano dos motoboys, que colocam a vida em risco para cumprir suas obrigações e os baixos salários e falta de condições profissionais na construção civil.
 

Com informações e colaboração de Luiz Carvalho, da CUT

Título: Trabalhadores(as) do ramo têxtil em defesa do trabalho decente, Conteúdo: A CUT e as demais centrais promoveram duas manifestações na cidade de São Paulo no último dia 7 em mais uma edição da Jornada Mundial do Trabalho Decente, manifestação que ocorre simultaneamente em mais de 100 países para cobrar condições dignas de trabalho. As atividades ocorreram na Avenida Paulista e no bairro da Mooca, zona leste da cidade. Na Paulista, cerca de 1.500 trabalhadores se reuniram na Praça Oswaldo Cruz e seguiram até a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde entregaram um documento que cobrou responsabilidade dos empresários nas negociações coletivas, respeito à organização sindical e a ampliação do diálogo tripartite. A CNTV-CUT esteve presente, representando os trabalhadores e trabalhadoras do ramo têxtil da CUT no combate ao trabalho precário - uma realidade da nossa categoria em muitos lugares.“O trabalho indecente não é apenas o infantil ou escravo, que vergonhosamente ainda persistem no País, mas também um conjunto de condições que precisamos expor. Quando os trabalhadores bancários vão à greve, por exemplo, estão em defesa da melhoria das condições de trabalho para eles e para o país, portanto, em defesa do trabalho decente”, pontuou o secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo.Todos contra o PL 4330 – Um dos pontos mais lembrados pelos dirigentes na manifestação foi o Projeto de Lei 4330/2004 da terceirização, que amplia a precarização e ameaça os direitos de todos os trabalhadores com carteira assinada.Representante da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNQ) e do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro), Itamar Sanchez, lembrou que a maior parte dos acidentes no setor petroleiro ocorre entre os terceirizados. “Desde 1995, mais de 300 trabalhadores perderam a vida a custo do trabalho. Desses, 80% eram terceirizados. Se hoje já é assim, imagina se o PL 4330 for aprovado”, criticou.Nem empresário acredita – Durante a entrega da carta das centrais ao empresariado, a reportagem do Portal da CUT questionou o gerente do Departamento Sindical da Fiesp, Marco Vizioli, sobre o PL 4330.Para ele, terceirização não é sinônimo de precarização e é preciso criar um marco regulatório. Porém, mesmo para os patrões, o projeto ainda está longe de estar pronto para ser votado. “Temos que ter ainda algumas conversas”, admitiu.Luta cotidiana Durante o trajeto entre a Praça Oswaldo Cruz e a sede da Fiesp, dirigentes sindicais destacaram situações presentes em diversas profissões que vão contra condições decentes de trabalho: a obrigação de motoristas de ônibus também cobrarem passagens, o cotidiano dos motoboys, que colocam a vida em risco para cumprir suas obrigações e os baixos salários e falta de condições profissionais na construção civil.   Com informações e colaboração de Luiz Carvalho, da CUT



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