Trabalhadoras no vestuário de Sorocaba debatem moda sustentável e trabalho digno
Diálogo social, panfletagem e roda de conversa fizeram parte da mais uma etapa da iniciativa “Disseminando Moda”
Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 18/02/2020 - 19:05 • Última modificação: 18/02/2020 - 19:13 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 18/02/2020 - 19:05 Última modificação: 18/02/2020 - 19:13Divulgação
Na última sexta-feira, 14, trabalhadoras na fábrica de confecções da marca Alcalde Moda Feminina , participaram da iniciativa Disseminando Moda, cujas atividades são realizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores/as no Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, em parceria com o Lab Moda Sustentável, Sindicato das Trabalhadoras/es na Indústria do Vestuário de Sorocaba e Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Vestuário de Pouso Alegre e região. A iniciativa conta ainda com o apoio do Dieese, Alampyme-BR e Instituto Ecoar.
“As trabalhadoras receberam muito bem a proposta de debater sustentabilidade e trabalho digno no processo produtivo. Com certeza é um debate que precisa ser estendido para toda a categoria, pois quase não se fala nesse assunto que é fundamental para o futuro da moda, do emprego e das garantias sociais, além de ser urgente sob o ponto de vista ambiental”, analisa Paula Proença, presidenta do Sindicato.
A presidenta da CNTRV, Cida Trajano e o assessor da entidade, Josenildo Melo, participaram das atividades junto com as diretoras do Sindicato. “Essa iniciativa é, acima de tudo, uma forma de demonstrar aos trabalhadores e às trabalhadoras que o sindicato não luta apenas por garantias de direitos e melhores salários, mas também por condições dignas de vida e defesa do meio ambiente”, apontou Cida Trajano.
Diálogo Social
Entendendo que o assunto deve ser tema de um diálogo social que envolva trabalhadores, empresários e poder público, o Sindicato promoveu também uma conversa com a marca Alcalde Moda Feminina na qual foram expostos projetos sustentáveis já realizados pela empresa como a produção solidária de cobertores e sacos de dormir com sobras de tecido que são doados para entidades sociais. A empresa valorizou a iniciativa e levantou problemas relevantes como a falta de uma política pública para o descarte de sobras fabris no setor de confecções.
Roda de conversa
No final do dia, uma roda de conversa na sede do Sindicato envolveu diversas trabalhadoras e trabalhadores no debate proposto pela iniciativa e apontou as etapas da cadeia produtiva da moda e o principais pontos em que a sustentabilidade ainda parece distante da realidade. “As trabalhadoras nas fábricas de confecções conhecem apenas uma parte do processo produtivo. Elas recebem o tecido pronto, mas antes desse material chegar em suas mãos, existem outros processos e muitos deles são nocivos às pessoas e ao meio ambiente”, destacou Proença.
A oficina debateu ainda os cenários futuros da indústria da moda e como os trabalhadores/as estão inseridos nele. “No nosso ponto de vista, em um processo produtivo realmente sustentável, os trabalhadores e trabalhadoras são protagonistas”, frisou Josenildo Melo.
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