Sorocaba: Oficina envolve trabalhadores e agentes públicos no combate ao trabalho precário e infantil na indústria da moda
Evento integra projeto realizado em parceria com o Fundo Brasil de Direitos Humanos e Fundação C&A
Escrito por: Redação STI Vestuário de Sorocaba • Publicado em: 22/10/2019 - 21:21 Escrito por: Redação STI Vestuário de Sorocaba Publicado em: 22/10/2019 - 21:21Vinícius Viana
No dia 17 de outubro, sindicalistas, trabalhadores e trabalhadoras do setor vestuário e agentes públicos do município de Sorocaba participaram de uma oficina sobre o combate ao trabalho precário e infantil na indústria da moda. A economista e pesquisadora da Unicamp, Marilane Teixeira, foi a palestrante convidada e apresentou as principais formas de trabalho precário no setor de confecções e como elas possibilitam o trabalho infantil e o descumprimento de direitos e normas do trabalho. A Oficina fez parte do projeto “Estar na Moda é Combater o Trabalho Precário e Infantil”, lançado pelo Sindicato em agosto desse ano e desenvolvido em parceria com o Fundo Brasil de Direitos Humanos e Fundação C&A.
Trabalho a domicílio
“O trabalho de confecções executado em oficinas domésticas é responsável pelo sustento econômico de muitas famílias, mas não deve acontecer de forma precária, sem a garantia e direitos e com mão-de-obra infantil. É preciso estabelecer um diálogo entre trabalhadoras, empresários e poder público para que as condições das costureiras que atuam a domicílio sejam melhoradas”, destacou Paula Proença, presidenta do Sindicato.
Foto: Vinícius Viana
Representação e garantia de direitos
A Convenção Coletiva do Sindicato estabelece que os trabalhadores/as a domicílio tenham as mesmas condições de trabalho, salários, benefícios e direitos de quem trabalha nas fábricas. “Nosso desafio é encontrar, organizar e representar essas trabalhadoras que estão espalhadas pelos bairros da cidade”, avaliou Proença.
Foto: Vinícius Viana
Trabalho Infantil
Também foi realizada nos dias 18 e 19 de outubro, um curso de capacitação de formadoras para atuarem como agentes multiplicadoras na disseminação de conteúdos acerca do trabalho infantil a domicilio e estratégias de erradicação. Para Márcia Viana, diretora do Sindicato, existe um fator cultural que contribui para o agravamento da situação. “Muitas mães e pais ignoram as consequências do trabalho infantil para a educação e o para o futuro de seus filhos. Culturalmente, para muitos pais, o trabalho é mais importante que a Escola”, lamentou a dirigente.