“Resistir para Existir: Encontro de mulheres reforça a importância do debate sobre feminicídio e previdência, em Sapiranga

Cida Trajano, presidente da CNTRV, participou do debate

Escrito por: Bruna Chilanti • Publicado em: 14/03/2019 - 08:31 Escrito por: Bruna Chilanti Publicado em: 14/03/2019 - 08:31

Bruna Chilanti

A Federação dos Sapateiros RS abriu portas para o encontro de mulheres que debateu importantes e agravantes temáticas na atualidade, nesta quarta-feira (13). O evento contou com a presença da presidenta da Confederação Nacional do Ramo do Vestuário (CNTRV), Cida Trajano, bem como as painelistas, advogada Dra. Aline Portanova e a representante da Marcha Mundial de Mulheres do RS, Maria do Carmo Bittencourt, mulheres e sindicalistas de diversas categorias, parlamentares, entre outros. O grande objetivo foi chamar a atenção para os perigos da reforma da previdência proposta pelo atual governo, bem como apresentar dados de feminicídio no RS e no Brasil.
Os debates iniciaram por volta das 15h com a abertura e análise de conjuntura feita pela mesa. Para Cida Trajano, muita luta foi travada nas últimas décadas para que uma vida melhor pudesse ser oferecida à classe trabalhadora. “Nós fomos aprimorando a previdência ao longo dos anos com muitas batalhas. Direitos dos trabalhadores e seguridade social são direitos humanos e básicos para todos. Apresentamos aos trabalhadores que eles têm o direito de sonhar, mas hoje, infelizmente, eles esqueceram que fomos nós que construímos esse direito do direito ao sonho. Precisamos relembrá-los”, afirma a presidenta da CNTRV.


A Dra. Aline Portanova falou sobre “Possíveis Impactos da Reforma da Previdência na Vida das Mulheres”. Segundo ela a proposta desconstitucionaliza a previdência social. “Na verdade é uma contrarreforma, é o fim. No momento em que tiramos benefícios da constituição, nós permitimos um verdadeiro atentado às nossas vidas. Não podemos facilitar a retirada de direitos”, afirma Aline. A advogada, especialista em previdência, trouxe dados estatísticos importantes e esclareceu dúvidas dos presentes sobre legislação, como tempo de contribuição, idade física, fatores previdenciários, entre outros.


Para a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Maria do Carmo Bittencourt, painelista de “Como Organizar a Luta Contra o Feminicídio?”, precisa-se aumentar os níveis de consciência das mulheres para combater cada vez mais os dados que assombram as mulheres, independente da idade. “O feminicídio é um agravante e retira do assassinato os dizeres de ‘foi por amor’ ou ‘foi por paixão’, não que isso não esteja presente ainda nos inquéritos policiais. Faz parte da nossa tarefa enquanto movimento esquerda denunciar e qualificar os sistemas de acolhimento dentro das estruturas que temos”, afirma ela. Maria do Carmo trouxe dados de violência contra as mulheres no Estado, percentuais, idades, denúncias, entre outros, ao longo dos anos.


Após as explanações ocorreu um debate entre os presentes sobre a luta das mulheres de uma forma geral, para inserção na sociedade e fortificação e militância na luta contra esses dados apresentados.  O evento foi organizado pela Secretaria de Mulheres da Federação dos Sapateiros RS em conjunto com a CNTRV. “A luta está só começando”, finaliza a presidenta da CNTRV, Cida Trajano.

Título: “Resistir para Existir: Encontro de mulheres reforça a importância do debate sobre feminicídio e previdência, em Sapiranga, Conteúdo: A Federação dos Sapateiros RS abriu portas para o encontro de mulheres que debateu importantes e agravantes temáticas na atualidade, nesta quarta-feira (13). O evento contou com a presença da presidenta da Confederação Nacional do Ramo do Vestuário (CNTRV), Cida Trajano, bem como as painelistas, advogada Dra. Aline Portanova e a representante da Marcha Mundial de Mulheres do RS, Maria do Carmo Bittencourt, mulheres e sindicalistas de diversas categorias, parlamentares, entre outros. O grande objetivo foi chamar a atenção para os perigos da reforma da previdência proposta pelo atual governo, bem como apresentar dados de feminicídio no RS e no Brasil. Os debates iniciaram por volta das 15h com a abertura e análise de conjuntura feita pela mesa. Para Cida Trajano, muita luta foi travada nas últimas décadas para que uma vida melhor pudesse ser oferecida à classe trabalhadora. “Nós fomos aprimorando a previdência ao longo dos anos com muitas batalhas. Direitos dos trabalhadores e seguridade social são direitos humanos e básicos para todos. Apresentamos aos trabalhadores que eles têm o direito de sonhar, mas hoje, infelizmente, eles esqueceram que fomos nós que construímos esse direito do direito ao sonho. Precisamos relembrá-los”, afirma a presidenta da CNTRV. A Dra. Aline Portanova falou sobre “Possíveis Impactos da Reforma da Previdência na Vida das Mulheres”. Segundo ela a proposta desconstitucionaliza a previdência social. “Na verdade é uma contrarreforma, é o fim. No momento em que tiramos benefícios da constituição, nós permitimos um verdadeiro atentado às nossas vidas. Não podemos facilitar a retirada de direitos”, afirma Aline. A advogada, especialista em previdência, trouxe dados estatísticos importantes e esclareceu dúvidas dos presentes sobre legislação, como tempo de contribuição, idade física, fatores previdenciários, entre outros. Para a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Maria do Carmo Bittencourt, painelista de “Como Organizar a Luta Contra o Feminicídio?”, precisa-se aumentar os níveis de consciência das mulheres para combater cada vez mais os dados que assombram as mulheres, independente da idade. “O feminicídio é um agravante e retira do assassinato os dizeres de ‘foi por amor’ ou ‘foi por paixão’, não que isso não esteja presente ainda nos inquéritos policiais. Faz parte da nossa tarefa enquanto movimento esquerda denunciar e qualificar os sistemas de acolhimento dentro das estruturas que temos”, afirma ela. Maria do Carmo trouxe dados de violência contra as mulheres no Estado, percentuais, idades, denúncias, entre outros, ao longo dos anos. Após as explanações ocorreu um debate entre os presentes sobre a luta das mulheres de uma forma geral, para inserção na sociedade e fortificação e militância na luta contra esses dados apresentados.  O evento foi organizado pela Secretaria de Mulheres da Federação dos Sapateiros RS em conjunto com a CNTRV. “A luta está só começando”, finaliza a presidenta da CNTRV, Cida Trajano.



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