Ramo Vestuário da CUT participa de curso sindical na Argentina

Reformas brasileiras serão debatidas na atividade que vai até quinta, dia 11, em Bue

Escrito por: Redação CNTRV, com informações de Sheila F. Fernandes • Publicado em: 09/05/2017 - 19:56 • Última modificação: 27/05/2017 - 12:27 Escrito por: Redação CNTRV, com informações de Sheila F. Fernandes Publicado em: 09/05/2017 - 19:56 Última modificação: 27/05/2017 - 12:27

Sheila F. Fernandes Cida Trajano representa a CUT na abertura do curso

            Teve início nesta terça-feira, dia 9 de maio, na cidade de Buenos Aires, na Argentina, o primeiro módulo do curso de formação sindical do Projeto “Ação Frente às Multinacionais na América Latina”, desenvolvido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em parceria com o Instituto Observatório Social (IOS), com o apoio da central sindical alemã DGB BW.

            Participam do curso representantes dos setores metalúrgico, químico, vestuário e construção do Brasil, México e Argentina.  Pelo Ramo Vestuário da CUT, além de Cida Trajano, presidenta da CNTRV, os sindicalistas Raimundo Jerônimo (Têxteis do Ceará) e Miro Jacintho (Calçadistas de Jaú) integram representação.

 

O curso

            A atividade vai até quinta-feira, dia 11 de maio. Nesta quarta, 9, os cursistas discutiram estratégias sindicais diante o atual quadro de crise econômica, retrocessos políticos e precarização do trabalho na região. As reformas brasileiras estão na pauta do percurso formativo.

            Durante abertura do evento, que acontece na sede na Union Obrera Metalurgica, Cida Trajano, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário (CNTRV), que no ato representou também a CUT Brasil, falou da difícil conjuntura brasileira que exige dos dirigentes, tanto da CUT como das outras centrais, um empenho muito grande. "Estamos nos preparando para ir a Brasília acompanhar esta nova fase de votações das reformas da Previdência Social e trabalhista", disse. "Neste momento precisamos mostrar nossa força, até porque se fosse um governo legítimo, teria chamado os setores da sociedade para discutir as reformas".

            A dirigente relatou que o país tem enfrentado momentos difíceis, não só na retirada de direitos, como também no enfrentamento da polícia que criminaliza os movimentos sociais e ataca a população jovem e negra, além dos assassinados ocorridas com trabalhadores ligados às organizações dos trabalhadores rurais.

            Na mesa de abertura também estavam representantes da Argentina, Walter Pirez, (UOM), e Juan José Farias Solis, do Sindicato dos Mineiros do México.

Conhecendo a realidade argentina

            logo após a abertura do 1º Modulo de Formação o grupo de representantes sindicais fez uma visita a Taverniti, indústria têxtil Argentina, para conhecer a realidade dos trabalhadores deste ramo. A empresa, fundada em 1976, tem uma marca reconhecida em roupa informal, calçados e acessórios para homens e mulheres.

            Segundo o gerente de produção da unidade, com a crise econômica que vem enfrentando o país, a empresa diminuiu em quase 50% sua produção no último ano.

            A indústria têxtil registrou um declínio nos níveis de produção de 25% em relação ao ano passado, de acordo com um relatório da Associação dos Trabalhadores têxteis (AOT), acrescentando que esta atividade sofreu mais de 3.600 suspensões e cerca de 1.500 demissões, fechando quase uma dúzia de fábricas, devido à falta de acumulação de estoques e abertura das importações.

Cida Trajano visita fábrica têxtil Taverniti - Foto: Josenildo Melo

 

 

Título: Ramo Vestuário da CUT participa de curso sindical na Argentina, Conteúdo:             Teve início nesta terça-feira, dia 9 de maio, na cidade de Buenos Aires, na Argentina, o primeiro módulo do curso de formação sindical do Projeto “Ação Frente às Multinacionais na América Latina”, desenvolvido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em parceria com o Instituto Observatório Social (IOS), com o apoio da central sindical alemã DGB BW.             Participam do curso representantes dos setores metalúrgico, químico, vestuário e construção do Brasil, México e Argentina.  Pelo Ramo Vestuário da CUT, além de Cida Trajano, presidenta da CNTRV, os sindicalistas Raimundo Jerônimo (Têxteis do Ceará) e Miro Jacintho (Calçadistas de Jaú) integram representação.   O curso             A atividade vai até quinta-feira, dia 11 de maio. Nesta quarta, 9, os cursistas discutiram estratégias sindicais diante o atual quadro de crise econômica, retrocessos políticos e precarização do trabalho na região. As reformas brasileiras estão na pauta do percurso formativo.             Durante abertura do evento, que acontece na sede na Union Obrera Metalurgica, Cida Trajano, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário (CNTRV), que no ato representou também a CUT Brasil, falou da difícil conjuntura brasileira que exige dos dirigentes, tanto da CUT como das outras centrais, um empenho muito grande. Estamos nos preparando para ir a Brasília acompanhar esta nova fase de votações das reformas da Previdência Social e trabalhista, disse. Neste momento precisamos mostrar nossa força, até porque se fosse um governo legítimo, teria chamado os setores da sociedade para discutir as reformas.             A dirigente relatou que o país tem enfrentado momentos difíceis, não só na retirada de direitos, como também no enfrentamento da polícia que criminaliza os movimentos sociais e ataca a população jovem e negra, além dos assassinados ocorridas com trabalhadores ligados às organizações dos trabalhadores rurais.             Na mesa de abertura também estavam representantes da Argentina, Walter Pirez, (UOM), e Juan José Farias Solis, do Sindicato dos Mineiros do México. Conhecendo a realidade argentina             logo após a abertura do 1º Modulo de Formação o grupo de representantes sindicais fez uma visita a Taverniti, indústria têxtil Argentina, para conhecer a realidade dos trabalhadores deste ramo. A empresa, fundada em 1976, tem uma marca reconhecida em roupa informal, calçados e acessórios para homens e mulheres.             Segundo o gerente de produção da unidade, com a crise econômica que vem enfrentando o país, a empresa diminuiu em quase 50% sua produção no último ano.             A indústria têxtil registrou um declínio nos níveis de produção de 25% em relação ao ano passado, de acordo com um relatório da Associação dos Trabalhadores têxteis (AOT), acrescentando que esta atividade sofreu mais de 3.600 suspensões e cerca de 1.500 demissões, fechando quase uma dúzia de fábricas, devido à falta de acumulação de estoques e abertura das importações. Cida Trajano visita fábrica têxtil Taverniti - Foto: Josenildo Melo    



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