PM de São Paulo será denunciada na OEA por violência contra manifestantes

Ação foi anunciada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ)

Escrito por: Rede Brasil Atual • Publicado em: 06/09/2016 - 08:37 • Última modificação: 23/04/2022 - 17:15 Escrito por: Rede Brasil Atual Publicado em: 06/09/2016 - 08:37 Última modificação: 23/04/2022 - 17:15

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou que a Polícia Militar de São Paulo será denunciada na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) pela repressão e violência cometida contra manifestantes que participaram do ato contra o governo de Michel Temer.

“Nós não podemos deixar o que aconteceu ontem passar em branco. Nos preocupam os próximos passos. Manifestação não pode mais? Se deixar passar isto, virão mais coisas depois. Não é normal o que está acontecendo”, disse o senador, durante coletiva realizada hoje (5) no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado São Paulo.

“Não vamos nos calar frente à gravidade do momento da vida política nacional. Não dá pra encarar tudo isto como uma coisa normal. Afastaram a Presidenta da República e agora estamos vendo aqui uma escalada de autoritarismo que eu nunca vi antes. Não houve um ato que justificasse a violência da polícia. Eu estava lá.”

Lindbergh contou que estava no Largo da Batata, se dirigindo para a estação de metrô acompanhado do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), quando a PM começou a lançar bombas de gás lacrimogêneo. Na confusão, os parlamentares encontraram o ex-ministro Roberto Amaral, ferido no braço pelo estilhaço de uma das bombas. O senador disse ainda que os jornalistas que cobriam a manifestação, que transcorreu pacífica durante todo o ato, também estão sendo vítimas da violência policial. E questionou: “Que país é este que jornalista tem que sair com capacete, com óculos e máscara? Isto não é normal”.

Para ele, a violência das polícias de São Paulo e também de outros estados tem a intenção de desmobilizar os atos contra o atual governo. O senador, no entanto, acredita que o efeito será justamente o contrário. “Sinceramente, o objetivo de tudo isso é passar para população as imagens do confronto para tentar assustar, para tentar diminuir a força dos movimentos. Se agora não podemos mais nos manifestar com liberdade, então é tudo gravíssimo”, afirmou. “Teremos manifestações ainda maiores. Vamos fazer um corredor com artistas, intelectuais, parlamentares, personalidades, vamos chamar todos para que fiquem até o fim dos atos. Não podemos aceitar essa escalada autoritária. Se perdermos o direito de se manifestar livremente, aonde nós vamos?”, indagou o parlamentar.

Para o deputado Paulo Teixeira, a violência da PM paulista não é um fato isolado. O deputado lembrou que toda a equipe da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi constituída pelo atual ministro da Justiça Alexandre de Moraes, ex-secretário da pasta de Geraldo Alckmin. “O governador tem que dizer por que está fazendo isto. O Ministério Público precisa exercer o controle externo da polícia e parar essa violência contra o direito à manifestação”, cobrou Teixeira. “A cada ato de violência, vai dobrar o número de pessoas em solidariedade e contra este regime de exceção e a quebra do poder constitucional.”

Título: PM de São Paulo será denunciada na OEA por violência contra manifestantes, Conteúdo: O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou que a Polícia Militar de São Paulo será denunciada na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) pela repressão e violência cometida contra manifestantes que participaram do ato contra o governo de Michel Temer. “Nós não podemos deixar o que aconteceu ontem passar em branco. Nos preocupam os próximos passos. Manifestação não pode mais? Se deixar passar isto, virão mais coisas depois. Não é normal o que está acontecendo”, disse o senador, durante coletiva realizada hoje (5) no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado São Paulo. “Não vamos nos calar frente à gravidade do momento da vida política nacional. Não dá pra encarar tudo isto como uma coisa normal. Afastaram a Presidenta da República e agora estamos vendo aqui uma escalada de autoritarismo que eu nunca vi antes. Não houve um ato que justificasse a violência da polícia. Eu estava lá.” Lindbergh contou que estava no Largo da Batata, se dirigindo para a estação de metrô acompanhado do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), quando a PM começou a lançar bombas de gás lacrimogêneo. Na confusão, os parlamentares encontraram o ex-ministro Roberto Amaral, ferido no braço pelo estilhaço de uma das bombas. O senador disse ainda que os jornalistas que cobriam a manifestação, que transcorreu pacífica durante todo o ato, também estão sendo vítimas da violência policial. E questionou: “Que país é este que jornalista tem que sair com capacete, com óculos e máscara? Isto não é normal”. Para ele, a violência das polícias de São Paulo e também de outros estados tem a intenção de desmobilizar os atos contra o atual governo. O senador, no entanto, acredita que o efeito será justamente o contrário. “Sinceramente, o objetivo de tudo isso é passar para população as imagens do confronto para tentar assustar, para tentar diminuir a força dos movimentos. Se agora não podemos mais nos manifestar com liberdade, então é tudo gravíssimo”, afirmou. “Teremos manifestações ainda maiores. Vamos fazer um corredor com artistas, intelectuais, parlamentares, personalidades, vamos chamar todos para que fiquem até o fim dos atos. Não podemos aceitar essa escalada autoritária. Se perdermos o direito de se manifestar livremente, aonde nós vamos?”, indagou o parlamentar. Para o deputado Paulo Teixeira, a violência da PM paulista não é um fato isolado. O deputado lembrou que toda a equipe da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi constituída pelo atual ministro da Justiça Alexandre de Moraes, ex-secretário da pasta de Geraldo Alckmin. “O governador tem que dizer por que está fazendo isto. O Ministério Público precisa exercer o controle externo da polícia e parar essa violência contra o direito à manifestação”, cobrou Teixeira. “A cada ato de violência, vai dobrar o número de pessoas em solidariedade e contra este regime de exceção e a quebra do poder constitucional.”



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