Ocupação de Escolas Públicas em SP expõe a fragilidade do Governo do PSDB e escancara a faceta autoritária de Geraldo Alckmin

Estudantes e professores travam luta contra o desmonte da Escola Pública em SP

Escrito por: • Publicado em: 24/11/2015 - 11:13 Escrito por: Publicado em: 24/11/2015 - 11:13

Associação Participe

 

O que veio em tom de “reorganização” virou um dos maiores movimentos populares no estado de São Paulo da última década. A atitude de Geraldo Alckmin sobre fechamento de uma centena de escolas, ocasionando a superlotação de outras centenas, expôs a face mais retrógrada do governo do PSDB: a autoritária. Geraldo não negociou, não ouviu, não trouxe argumentos e dados reais para um debate honesto com alunos, pais, professores, funcionários e a comunidade.

 

Apostando que ninguém diria: “não vai fechar”, ao invés de debater, Geraldo ignora desde 23 de setembro, quando foi anunciada pelo secretário de Educação Herman Voorwald, a bagunça nas escolas. Por unanimidade, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) definiu que Geraldo não pode fazer reintegração de posse. Até o início da tarde eram 114 escolas ocupadas. O número cresce para desespero das autoridades da educação. 

 

Uma mobilização popular contra um governo como há muito não se via no Estado de São Paulo. O que começou na Escola Diadema, se alastrou e virou um movimento surgido dentro das próprias escolas e patrocinado por alunos e pais. A comunidade percebeu a manobra de Geraldo  em continuar o desmonte da escola pública e o sepultamento da educação  no Estado de São Paulo.

 

Por que a mobilização? Pais e alunos perceberam que a escola é a extensão da sua casa: “Vamos ocupar”. Em depoimentos nas ocupações, a comunidade revela que identificou o problema já no início do ano letivo com a falta de professores e as salas mais cheias do que o normal. Outro problema percebido foi a falta de diálogo com o professores, arrastando uma greve até os limites. Quando mais precisavam, os estudantes ficaram parte do ano sem professores em algumas disciplinas e, agora, estão certos que irão mais despreparados para o desafio do vestibular, aprofundando ainda mais a desigualdade social promovida pelo governo de Geraldo que ainda cortou verbas da Educação para 2016.

 

Para expor estas mazelas, a meninada está muito afiada num ideal: defender a escola pública e de qualidade. A organização nas escolas ocupadas é algo que serve de exemplo de cidadania. A meninada se divide em grupos: da limpeza, da organização do rango, da cantoria, da comunicação, que faz a ponte com mídias sociais e as “nuvens”. Temas sociais como como racismo, preconceito e Dia da Consciência Negra, política, filosofia, sociologia, física, história, geografia e outros conteúdos são debatidos diariamente.  Este é o retrato de um movimento que já entrou para  a história e poderá tomar proporções políticas significativas para que o debate sobre educação pública seja um pouco mais consistente no estado de São Paulo. 

Título: Ocupação de Escolas Públicas em SP expõe a fragilidade do Governo do PSDB e escancara a faceta autoritária de Geraldo Alckmin, Conteúdo: Associação Participe   O que veio em tom de “reorganização” virou um dos maiores movimentos populares no estado de São Paulo da última década. A atitude de Geraldo Alckmin sobre fechamento de uma centena de escolas, ocasionando a superlotação de outras centenas, expôs a face mais retrógrada do governo do PSDB: a autoritária. Geraldo não negociou, não ouviu, não trouxe argumentos e dados reais para um debate honesto com alunos, pais, professores, funcionários e a comunidade.   Apostando que ninguém diria: “não vai fechar”, ao invés de debater, Geraldo ignora desde 23 de setembro, quando foi anunciada pelo secretário de Educação Herman Voorwald, a bagunça nas escolas. Por unanimidade, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) definiu que Geraldo não pode fazer reintegração de posse. Até o início da tarde eram 114 escolas ocupadas. O número cresce para desespero das autoridades da educação.    Uma mobilização popular contra um governo como há muito não se via no Estado de São Paulo. O que começou na Escola Diadema, se alastrou e virou um movimento surgido dentro das próprias escolas e patrocinado por alunos e pais. A comunidade percebeu a manobra de Geraldo  em continuar o desmonte da escola pública e o sepultamento da educação  no Estado de São Paulo.   Por que a mobilização? Pais e alunos perceberam que a escola é a extensão da sua casa: “Vamos ocupar”. Em depoimentos nas ocupações, a comunidade revela que identificou o problema já no início do ano letivo com a falta de professores e as salas mais cheias do que o normal. Outro problema percebido foi a falta de diálogo com o professores, arrastando uma greve até os limites. Quando mais precisavam, os estudantes ficaram parte do ano sem professores em algumas disciplinas e, agora, estão certos que irão mais despreparados para o desafio do vestibular, aprofundando ainda mais a desigualdade social promovida pelo governo de Geraldo que ainda cortou verbas da Educação para 2016.   Para expor estas mazelas, a meninada está muito afiada num ideal: defender a escola pública e de qualidade. A organização nas escolas ocupadas é algo que serve de exemplo de cidadania. A meninada se divide em grupos: da limpeza, da organização do rango, da cantoria, da comunicação, que faz a ponte com mídias sociais e as “nuvens”. Temas sociais como como racismo, preconceito e Dia da Consciência Negra, política, filosofia, sociologia, física, história, geografia e outros conteúdos são debatidos diariamente.  Este é o retrato de um movimento que já entrou para  a história e poderá tomar proporções políticas significativas para que o debate sobre educação pública seja um pouco mais consistente no estado de São Paulo. 



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