Mulheres já são chefes de família em 37% dos lares brasileiros

Fatores como o ingresso maciço no mercado de trabalho, aumento da escolaridade e redução da fecundidade contribuíram para esse aumento

Escrito por: CNTV CUT • Publicado em: 18/10/2012 - 16:11 Escrito por: CNTV CUT Publicado em: 18/10/2012 - 16:11

 

Em dez anos, mulheres responsáveis pela família passam de 22,2% para 37,3%, informou nesta quarta-feira, 17/10, o Institto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos cerca de 57 milhões de domicílios recenseados em 2010, quase 50 milhões (87,2%) eram ocupados por duas ou mais pessoas com parentesco, totalizando 54,3 milhões de famílias; 6,9 milhões (12,1%) eram unidades unipessoais, ou seja, pessoas que viviam sozinhas, e perto de 400 mil unidades (0,7%) não contavam com pessoas aparentadas entre si. Esse padrão de distribuição variava pouco em função da situação de domicílio, sendo a proporção de unidades domésticas unipessoais rurais ligeiramente inferior à urbana (10,3% contra 12,4%).

Nesses dez anos, houve um aumento de famílias tendo a mulher como responsável (de 22,2% para 37,3%), inclusive em presença de cônjuge (de 19,5% para 46,4%), contra o decréscimo de 77,8% para 62,7% no caso de homem responsável. Também houve queda no percentual de homens responsáveis em domicílios com presença de cônjuge, de 95,3% para 92,2%. Os motivos podem ser creditados a uma mudança de valores relativas ao papel da mulher na sociedade e a fatores como o ingresso maciço no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade em nível superior, combinados com a redução da fecundidade.

20,2% das famílias eram formadas por casais sem filhos

Mudanças na estrutura da família, maior participação da mulher no mercado de trabalho, baixas taxas de fecundidade e envelhecimento da população influenciaram no aumento da proporção de casais sem filhos entre 2000 e 2010, que passou de 14,9% para 20,2% do total.

O percentual de famílias compostas por casais com filhos é superior na área rural, em função das taxas de fecundidade historicamente mais elevadas, e também, devido a valores culturais mais tradicionais. Observa-se, ainda, nas áreas rurais, um percentual consideravelmente inferior de famílias monoparentais femininas: 9,1% contra 17,4% nas áreas urbanas.

O tipo mais frequente dentre as famílias conviventes (residem na mesma unidade doméstica) é o das monoparentais femininas (53,5%), 98,6% delas formadas por parentes da família principal. Ao examinar o parentesco dos núcleos secundários, verifica-se que, em 78% dos casos, há presença de filhos do responsável ou do cônjuge da família principal que poderiam ser considerados membros da família principal. As monoparentais femininas são provavelmente compostas por filhas dos responsáveis e/ou dos cônjuges, que tiveram seus filhos sem contrair matrimônio ou retornaram à casa dos pais por motivo de separação ou divórcio.

 

Em 21,2% das famílias chefiadas por mulheres, o rendimento provém do cônjuge

Nas famílias formadas por casais, 62,7% dos responsáveis e cônjuges possuem rendimento. Esse percentual é superior em famílias nas quais a mulher é responsável, 66,4%, contra 61,6% para famílias nas quais o responsável é homem. Vale destacar que em 21,2% das famílias com responsabilidade feminina, a responsável não possuía rendimento, enquanto o cônjuge (provavelmente do sexo masculino) apresentava fontes de renda.

Além disso, mais da metade (56,8%) das pessoas reconhecidas como responsáveis pela família tinham entre 30 e 54 anos. Na distribuição por cor ou raça, 48,6% se declararam brancos, 41,0% pardos e 8,9% pretos.

Fonte: Censo 2012 IBGE

Título: Mulheres já são chefes de família em 37% dos lares brasileiros, Conteúdo:   Em dez anos, mulheres responsáveis pela família passam de 22,2% para 37,3%, informou nesta quarta-feira, 17/10, o Institto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos cerca de 57 milhões de domicílios recenseados em 2010, quase 50 milhões (87,2%) eram ocupados por duas ou mais pessoas com parentesco, totalizando 54,3 milhões de famílias; 6,9 milhões (12,1%) eram unidades unipessoais, ou seja, pessoas que viviam sozinhas, e perto de 400 mil unidades (0,7%) não contavam com pessoas aparentadas entre si. Esse padrão de distribuição variava pouco em função da situação de domicílio, sendo a proporção de unidades domésticas unipessoais rurais ligeiramente inferior à urbana (10,3% contra 12,4%). Nesses dez anos, houve um aumento de famílias tendo a mulher como responsável (de 22,2% para 37,3%), inclusive em presença de cônjuge (de 19,5% para 46,4%), contra o decréscimo de 77,8% para 62,7% no caso de homem responsável. Também houve queda no percentual de homens responsáveis em domicílios com presença de cônjuge, de 95,3% para 92,2%. Os motivos podem ser creditados a uma mudança de valores relativas ao papel da mulher na sociedade e a fatores como o ingresso maciço no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade em nível superior, combinados com a redução da fecundidade. 20,2% das famílias eram formadas por casais sem filhos Mudanças na estrutura da família, maior participação da mulher no mercado de trabalho, baixas taxas de fecundidade e envelhecimento da população influenciaram no aumento da proporção de casais sem filhos entre 2000 e 2010, que passou de 14,9% para 20,2% do total. O percentual de famílias compostas por casais com filhos é superior na área rural, em função das taxas de fecundidade historicamente mais elevadas, e também, devido a valores culturais mais tradicionais. Observa-se, ainda, nas áreas rurais, um percentual consideravelmente inferior de famílias monoparentais femininas: 9,1% contra 17,4% nas áreas urbanas. O tipo mais frequente dentre as famílias conviventes (residem na mesma unidade doméstica) é o das monoparentais femininas (53,5%), 98,6% delas formadas por parentes da família principal. Ao examinar o parentesco dos núcleos secundários, verifica-se que, em 78% dos casos, há presença de filhos do responsável ou do cônjuge da família principal que poderiam ser considerados membros da família principal. As monoparentais femininas são provavelmente compostas por filhas dos responsáveis e/ou dos cônjuges, que tiveram seus filhos sem contrair matrimônio ou retornaram à casa dos pais por motivo de separação ou divórcio.   Em 21,2% das famílias chefiadas por mulheres, o rendimento provém do cônjuge Nas famílias formadas por casais, 62,7% dos responsáveis e cônjuges possuem rendimento. Esse percentual é superior em famílias nas quais a mulher é responsável, 66,4%, contra 61,6% para famílias nas quais o responsável é homem. Vale destacar que em 21,2% das famílias com responsabilidade feminina, a responsável não possuía rendimento, enquanto o cônjuge (provavelmente do sexo masculino) apresentava fontes de renda. Além disso, mais da metade (56,8%) das pessoas reconhecidas como responsáveis pela família tinham entre 30 e 54 anos. Na distribuição por cor ou raça, 48,6% se declararam brancos, 41,0% pardos e 8,9% pretos. Fonte: Censo 2012 IBGE



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