Movimento sindical brasileiro debate saídas para recuperar e fortalecer empregos

Na pauta, soluções políticas e institucionais para reativar o setor do Petróleo, gás e construção naval

Escrito por: João Andrade (Comunicação CNTV) • Publicado em: 09/11/2015 - 20:41 Escrito por: João Andrade (Comunicação CNTV) Publicado em: 09/11/2015 - 20:41

A Confederação Nacional do Ramo Vestuário da CUT (CNTV) participou da Plenária Sindical Nacional, realizada na cidade de São Paulo, nesta segunda-feira, dia 09, com participação da CUT, de várias outras centrais sindicais e Confederações de trabalhadores na Indústria, para debater a criação de uma frente para destravar os setores produtivos prejudicados pelo efeito colateral da Operação Lava Jato. A proposta é reunir, além dos representantes dos trabalhadores, órgãos públicos como Ministério Público, Supremo Tribunal Federal (STF), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CAD), Advocacia Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Governo Federal, Congresso Nacional e Empresários.

Os setores da cadeia produtiva do petróleo, gás e construção naval estão dentre os maiores prejudicados pelos efeitos colaterais da Operação Lava Jato.Para os participantes do evento, é necessário que as investigações continuem, que os culpados sejam de fato penalizados, mas que hajam garantias para que a função social das empresas que é gerar emprego, garantir renda para a classe trabalhadora e contribuir no crescimento do país, continue. “A ideia é que as empresas citadas em escândalos de corrupção ressarçam a União no que tange aos desvios comprovados, mas que retomem suas atividades com aval do judiciário e da classe política”.

Matéria publicada no site da CUT aponta que “atualmente, por conta da Lava Jato, companhias citadas nas investigações estão sendo impedidas de continuar tocando as obras e projetos já iniciados e não participam de novas licitações. Um dos resultados dessa paralisia é que a economia brasileira, já afetada pela crise econômica e política, acabou por colocar em compasso de espera os investimentos puxados pelo setor de petróleo e gás. Só este fator vai diminuir em 2% o PIB brasileiro em 2015, segundo estudo recente do Ministério da Fazenda”.

Para Cida Trajano, que representou a CNTV no evento, a classe trabalhadora precisa se organizar para retomar a produção da indústria. “Não podemos assistir de braços cruzados milhares de trabalhadores sendo prejudicados. Existe uma saída e nós vamos atrás dela”, desafiou.  Já o Secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre, reafirmou o compromisso da Central sobre o combate à corrupção, mas ponderou que a classe trabalhadora não pode pagar por estes crimes. “É muito importante coibir a corrupção, isso merece o aplauso da classe trabalhadora. Mas em nome dessa investigação não se pode prejudicar o emprego e a viabilidade dessas empresas. Ao todo são 29 empreiteiras que estão impossibilitadas de participar de licitações, de novos contratos. A engenharia nacional e essas empresas empregam muito, e isso precisa ter uma solução rápida”, apontou.

 

Próximos passos

No dia 03 de dezembro, as centrais se reunirão com o setor patronal para a construção de um texto baseado nas  propostas esboçadas na reunião desta segunda (9).

No dia 08 de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro, haverá uma manifestação de rua, provavelmente em frente a Sede da Petrobrás para pressionar a empresa a acolher a pauta dos trabalhadores. Vale lembrar que, apesar da greve dos Petroleiros, a atual direção da Petrobrás se apresenta na contramão de qualquer proposta sobre retomada do crescimento e anunciou o corte de 37% nos investimentos até 2019. 

Título: Movimento sindical brasileiro debate saídas para recuperar e fortalecer empregos, Conteúdo: A Confederação Nacional do Ramo Vestuário da CUT (CNTV) participou da Plenária Sindical Nacional, realizada na cidade de São Paulo, nesta segunda-feira, dia 09, com participação da CUT, de várias outras centrais sindicais e Confederações de trabalhadores na Indústria, para debater a criação de uma frente para destravar os setores produtivos prejudicados pelo efeito colateral da Operação Lava Jato. A proposta é reunir, além dos representantes dos trabalhadores, órgãos públicos como Ministério Público, Supremo Tribunal Federal (STF), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CAD), Advocacia Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Governo Federal, Congresso Nacional e Empresários. Os setores da cadeia produtiva do petróleo, gás e construção naval estão dentre os maiores prejudicados pelos efeitos colaterais da Operação Lava Jato.Para os participantes do evento, é necessário que as investigações continuem, que os culpados sejam de fato penalizados, mas que hajam garantias para que a função social das empresas que é gerar emprego, garantir renda para a classe trabalhadora e contribuir no crescimento do país, continue. “A ideia é que as empresas citadas em escândalos de corrupção ressarçam a União no que tange aos desvios comprovados, mas que retomem suas atividades com aval do judiciário e da classe política”. Matéria publicada no site da CUT aponta que “atualmente, por conta da Lava Jato, companhias citadas nas investigações estão sendo impedidas de continuar tocando as obras e projetos já iniciados e não participam de novas licitações. Um dos resultados dessa paralisia é que a economia brasileira, já afetada pela crise econômica e política, acabou por colocar em compasso de espera os investimentos puxados pelo setor de petróleo e gás. Só este fator vai diminuir em 2% o PIB brasileiro em 2015, segundo estudo recente do Ministério da Fazenda”. Para Cida Trajano, que representou a CNTV no evento, a classe trabalhadora precisa se organizar para retomar a produção da indústria. “Não podemos assistir de braços cruzados milhares de trabalhadores sendo prejudicados. Existe uma saída e nós vamos atrás dela”, desafiou.  Já o Secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre, reafirmou o compromisso da Central sobre o combate à corrupção, mas ponderou que a classe trabalhadora não pode pagar por estes crimes. “É muito importante coibir a corrupção, isso merece o aplauso da classe trabalhadora. Mas em nome dessa investigação não se pode prejudicar o emprego e a viabilidade dessas empresas. Ao todo são 29 empreiteiras que estão impossibilitadas de participar de licitações, de novos contratos. A engenharia nacional e essas empresas empregam muito, e isso precisa ter uma solução rápida”, apontou.   Próximos passos No dia 03 de dezembro, as centrais se reunirão com o setor patronal para a construção de um texto baseado nas  propostas esboçadas na reunião desta segunda (9). No dia 08 de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro, haverá uma manifestação de rua, provavelmente em frente a Sede da Petrobrás para pressionar a empresa a acolher a pauta dos trabalhadores. Vale lembrar que, apesar da greve dos Petroleiros, a atual direção da Petrobrás se apresenta na contramão de qualquer proposta sobre retomada do crescimento e anunciou o corte de 37% nos investimentos até 2019. 



Informativo CNTRV

Cadastre-se e receba periodicamente
nossos boletins informativos.