Milhares vão às ruas contra retirada de direitos

Após aumentos de juros e anúncio de ministros, trabalhadores afirmam que não vão pagar a conta dos ajustes

Escrito por: CNTV CUT • Publicado em: 03/02/2015 - 12:07 Escrito por: CNTV CUT Publicado em: 03/02/2015 - 12:07

Milhares de trabalhadores foram as ruas em todo o Brasil na última quarta-feira (28), para o Dia Nacional de Lutas contra a perda de direitos e em defesa do emprego, organizado pela CUT, e demais Centrais Sindicais.
O ano de 2015 começou turbulento, já que as primeiras medidas anunciadas por Dilma após a eleição foram elevações de juros e a nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda. A indicação de Kátia Abreu, Kassab, Armando Monteiro, entre outros, só deixaram mais clara a disposição do governo em adotar um viés mais conservador.
Nesta conjuntura, os trabalhadores, que passaram 12 anos lutando pela ampliação de direitos, agora precisam lutar pela garantia e manutenção do que já está aí. E a Presidente Dilma, apesar de ter prometido o contrário na campanha eleitoral, está dando passos atrás no direito dos trabalhadores.
No ato unificado, as centrais sindicais cobraram do governo federal a revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que mudaram as regras de acesso a direitos como o seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep), auxílio-doença e o seguro-defeso. Também questionaram os rumos da política econômica adotados pelo Ministério da Fazenda, que, segundo os sindicalistas, levarão o país à recessão.
As medidas retiraram R$18 bilhões dos direitos trabalhistas e previdenciários, dificultando e, em alguns casos, extinguindo o acesso da classe trabalhadora a direitos econômicos e sociais.
Entre as novas regras para a concessão do seguro-desemprego, por exemplo, está a triplicação do período de trabalho exigido para que o trabalhador peça pela primeira vez, o que pode reduzir em mais de 2 milhões o número de trabalhadores que receberão o benefício em 2015, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Conforme destacado por Cida Trajano, presidente da CNTV, “estas medidas provisórias prejudicarão muito os trabalhadores do nosso ramo, que é altamente afetado pela rotatividade e pela grande entrada de produtos asiáticos, que tem gerado desemprego. Para se ter uma ideia 70% do nosso setor é composto por mulheres e 49% de jovens, muitas vezes em seu primeiro emprego. As medidas atingem estes trabalhadores diretamente.”
As centrais garantiram que não sairão das ruas e realizarão nacionalmente a Marcha da Classe Trabalhadora, no próximo dia 26 de fevereiro, quando entregarão uma pauta de reivindicações ao Executivo federal, aos governos estaduais e ao empresariado. Entre elas, o fim do fator previdenciário; redução da jornada para 40 horas semanais; fim do Projeto de Lei nº 4330/04, que amplia as terceirizações; correção da tabela do Imposto de Renda; mais investimentos em saúde, educação e segurança.
Os cortes orçamentários que estão em andamento são cortes nas despesas com o povo, e não nas despesas com banqueiros e rentistas, que continuam lucrando com os juros altíssimos que o governo mesmo estabeleceu. De janeiro até novembro do ano passado o governo federal transferiu R$ 233,4 bilhões em juros.

Título: Milhares vão às ruas contra retirada de direitos, Conteúdo: Milhares de trabalhadores foram as ruas em todo o Brasil na última quarta-feira (28), para o Dia Nacional de Lutas contra a perda de direitos e em defesa do emprego, organizado pela CUT, e demais Centrais Sindicais. O ano de 2015 começou turbulento, já que as primeiras medidas anunciadas por Dilma após a eleição foram elevações de juros e a nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda. A indicação de Kátia Abreu, Kassab, Armando Monteiro, entre outros, só deixaram mais clara a disposição do governo em adotar um viés mais conservador. Nesta conjuntura, os trabalhadores, que passaram 12 anos lutando pela ampliação de direitos, agora precisam lutar pela garantia e manutenção do que já está aí. E a Presidente Dilma, apesar de ter prometido o contrário na campanha eleitoral, está dando passos atrás no direito dos trabalhadores. No ato unificado, as centrais sindicais cobraram do governo federal a revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que mudaram as regras de acesso a direitos como o seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep), auxílio-doença e o seguro-defeso. Também questionaram os rumos da política econômica adotados pelo Ministério da Fazenda, que, segundo os sindicalistas, levarão o país à recessão. As medidas retiraram R$18 bilhões dos direitos trabalhistas e previdenciários, dificultando e, em alguns casos, extinguindo o acesso da classe trabalhadora a direitos econômicos e sociais. Entre as novas regras para a concessão do seguro-desemprego, por exemplo, está a triplicação do período de trabalho exigido para que o trabalhador peça pela primeira vez, o que pode reduzir em mais de 2 milhões o número de trabalhadores que receberão o benefício em 2015, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Conforme destacado por Cida Trajano, presidente da CNTV, “estas medidas provisórias prejudicarão muito os trabalhadores do nosso ramo, que é altamente afetado pela rotatividade e pela grande entrada de produtos asiáticos, que tem gerado desemprego. Para se ter uma ideia 70% do nosso setor é composto por mulheres e 49% de jovens, muitas vezes em seu primeiro emprego. As medidas atingem estes trabalhadores diretamente.” As centrais garantiram que não sairão das ruas e realizarão nacionalmente a Marcha da Classe Trabalhadora, no próximo dia 26 de fevereiro, quando entregarão uma pauta de reivindicações ao Executivo federal, aos governos estaduais e ao empresariado. Entre elas, o fim do fator previdenciário; redução da jornada para 40 horas semanais; fim do Projeto de Lei nº 4330/04, que amplia as terceirizações; correção da tabela do Imposto de Renda; mais investimentos em saúde, educação e segurança. Os cortes orçamentários que estão em andamento são cortes nas despesas com o povo, e não nas despesas com banqueiros e rentistas, que continuam lucrando com os juros altíssimos que o governo mesmo estabeleceu. De janeiro até novembro do ano passado o governo federal transferiu R$ 233,4 bilhões em juros.



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