Mais de 8 mil manifestantes na Paulista por igualdade e pelo fim da violência contra a mulher

Neste 8 de Março, mulheres destacam que é preciso construir um modelo de sociedade não sexista, não machista, não racista e não homofóbico

Escrito por: CNTV CUT • Publicado em: 12/03/2014 - 20:20 Escrito por: CNTV CUT Publicado em: 12/03/2014 - 20:20

A mais paulista das avenidas da capital recebeu, neste sábado 8 de Março, cerca de 8 mil manifestantes para a Marcha do Dia Internacional da Mulher, que seguiu até a Praça Roosevelt, no centro da cidade de São Paulo. No trajeto, mulheres de preto carregavam cartazes com a foto e o nome de mulheres que foram assassinadas em 2013, e outras, transformaram panelas e latas em instrumento de luta e protesto, que contou com a presença também de vários companheiros. 

No caminhão de som, as dirigentes da CUT/SP lembraram a caravana “Por Autonomia e Igualdade: Luta contra a Violência à Mulher”, organizada pela Central, que percorreu o estado no final de 2013 e entregou um relatório com denúncias à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR).

Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sonia Auxiliadora, é preciso maior investimento em políticas públicas de trabalho e renda. “Os governos em todas as esferas devem criar programas que permitam que as mulheres tenham autonomia e consigam romper com o ciclo da violência doméstica que se manifesta de diferentes formas”. 

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a violência doméstica é a que mais atinge as mulheres de 15 a 44 anos no mundo.

Sonia critica a ausência do estado paulista, na gestão do PSDB, que sequer criou uma secretaria específica para tratar de políticas específicas para as mulheres.

Segundo a secretária de Formação da CUT/SP, Telma Victor, o enfrentamento à violência doméstica passa por um maior investimento nas escolas e na valorização dos docentes, áreas em que o governo tucano também deixa a desejar. “A transformação radical da sociedade está na educação que conta com o apoio da família, mas também dos professores e professoras”. Para a secretária, é preciso construir um modelo de sociedade não sexista, não machista, não racista e não homofóbico.

Reforma Política

Entre as bandeiras defendida pelas mulheres está o Plebiscito Popular pela defesa de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, construído em conjunto com outros movimentos e centrais sindicais. Essa proposta, entre outras questões, aponta para uma democracia com maior presença das mulheres na política, que hoje ocupam apenas 9% dos mandatos na Câmara dos Deputados e 12% no Senado.

“Não temos dúvida que uma mudança estrutural se dará com maior participação das trabalhadoras no parlamento e em outros espaços de poder”, afirmou Sonia Auxiliadora.

50 anos do Golpe

As fotos de mulheres assassinadas pela ditadura militar no Brasil (1964-1985) foram carregadas pelas militantes para denunciar a tortura e a violência durante o período. A militante Amélia Teles, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, também presa durante o regime, relatou que as lutas ocorreram das mais diferentes formas, na clandestinidade, empunhando armas, e também organizando a classe trabalhadora.

Segundo Amelinha, como é conhecida, a luta feminista vai para além dos movimentos sociais e dos sindicatos. “Tivemos que recuperar durante a ditadura e a pós-ditadura a iniciativa e a autonomia das mulheres e isso não pode ser menosprezado em nossa história. Isso ajudou a garantir a recuperação de uma democracia, ainda que incipiente e cheia de mazelas”, conclui.  

Com informações da CUT-SP

Título: Mais de 8 mil manifestantes na Paulista por igualdade e pelo fim da violência contra a mulher, Conteúdo: A mais paulista das avenidas da capital recebeu, neste sábado 8 de Março, cerca de 8 mil manifestantes para a Marcha do Dia Internacional da Mulher, que seguiu até a Praça Roosevelt, no centro da cidade de São Paulo. No trajeto, mulheres de preto carregavam cartazes com a foto e o nome de mulheres que foram assassinadas em 2013, e outras, transformaram panelas e latas em instrumento de luta e protesto, que contou com a presença também de vários companheiros.  No caminhão de som, as dirigentes da CUT/SP lembraram a caravana “Por Autonomia e Igualdade: Luta contra a Violência à Mulher”, organizada pela Central, que percorreu o estado no final de 2013 e entregou um relatório com denúncias à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR). Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sonia Auxiliadora, é preciso maior investimento em políticas públicas de trabalho e renda. “Os governos em todas as esferas devem criar programas que permitam que as mulheres tenham autonomia e consigam romper com o ciclo da violência doméstica que se manifesta de diferentes formas”.  De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a violência doméstica é a que mais atinge as mulheres de 15 a 44 anos no mundo. Sonia critica a ausência do estado paulista, na gestão do PSDB, que sequer criou uma secretaria específica para tratar de políticas específicas para as mulheres. Segundo a secretária de Formação da CUT/SP, Telma Victor, o enfrentamento à violência doméstica passa por um maior investimento nas escolas e na valorização dos docentes, áreas em que o governo tucano também deixa a desejar. “A transformação radical da sociedade está na educação que conta com o apoio da família, mas também dos professores e professoras”. Para a secretária, é preciso construir um modelo de sociedade não sexista, não machista, não racista e não homofóbico. Reforma Política Entre as bandeiras defendida pelas mulheres está o Plebiscito Popular pela defesa de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, construído em conjunto com outros movimentos e centrais sindicais. Essa proposta, entre outras questões, aponta para uma democracia com maior presença das mulheres na política, que hoje ocupam apenas 9% dos mandatos na Câmara dos Deputados e 12% no Senado. “Não temos dúvida que uma mudança estrutural se dará com maior participação das trabalhadoras no parlamento e em outros espaços de poder”, afirmou Sonia Auxiliadora. 50 anos do Golpe As fotos de mulheres assassinadas pela ditadura militar no Brasil (1964-1985) foram carregadas pelas militantes para denunciar a tortura e a violência durante o período. A militante Amélia Teles, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, também presa durante o regime, relatou que as lutas ocorreram das mais diferentes formas, na clandestinidade, empunhando armas, e também organizando a classe trabalhadora. Segundo Amelinha, como é conhecida, a luta feminista vai para além dos movimentos sociais e dos sindicatos. “Tivemos que recuperar durante a ditadura e a pós-ditadura a iniciativa e a autonomia das mulheres e isso não pode ser menosprezado em nossa história. Isso ajudou a garantir a recuperação de uma democracia, ainda que incipiente e cheia de mazelas”, conclui.   Com informações da CUT-SP



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