FETRAV/Bahia: trabalhadores não podem ser reféns dos fluxos e refluxos do capital

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Escrito por: CNTV CUT • Publicado em: 13/12/2012 - 15:23 Escrito por: CNTV CUT Publicado em: 13/12/2012 - 15:23

 

NOTA PÚBLICA

A Fetrav - Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Beneficiamento de Curo, Fabricação de Calçados e Vestuário do Estado da Bahia -  vem a público, para se solidarizar com todos os trabalhadores e trabalhadoras, demitidos pela empresa Vulcabrás/Azaléia, localizada na cidade de Itapetinga, reafirmando categoricamente o seu compromisso, tanto com estes operários quanto com o Sindicato de Verdade, que os representa brilhantemente, na busca por uma solução para este grave problema que os aflige de forma tão intensa.

O Sindicato dos Trabalhadores de Calçados de Itapetinga e região (Sindverdade), comunicou à FETRAV/CUT, e a mesma informou imediatamente a CUT (Central Única dos Trabalhadores,) na pessoa do seu presidente, o companheiro Cedro Silva e a CNTV (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário), que tem como presidente a companheira Cida Trajano,  de que a Vulcabrás/Azaléia anunciou o fechamento de todas as filiais da região de Itapetinga, abrangendo um total de 12 (doze) unidades e que esta decisão foi formalizada no dia 30 de novembro passado, sendo que a medida atingiu cerca de 4.000 (quatro mil)postos de trabalho.

O sindicato laboral acionou a CUT-Bahia e os representantes do governo do Estado, sobre a decisão do grupo. O resultado foi o agendamento de uma primeira reunião de mediação, com representantes da Empresa, do Sindicato, da FETRAV, da CUT e do GOVERNO DO ESTADO, que se realizou no dia 3 de dezembro, às 14h, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (superintendência) na cidade de Salvador, onde discutimos saídas para o caso. A Vulcabrás/Azaléia afirmou peremptoriamente, que era irreversível a decisão tomada e não haveria nenhuma hipótese de a mesma se estabelecer futuramente nas cidades atingidas.

 

Sabemos que a indústria de fabricação de calçados do Brasil, passa por um momento difícil, entretanto este setor tem recebido sistematicamente apoio dos Governo Jaques Wagner e da Presidenta Dilma Rousseff, para minimizar os efeitos da crise, a exemplo do PLANO BRASIL MAIOR que desonerou em 20% (vinte por cento), a folha de pagamento das empresas do setor e da viabilização de empréstimos, junto a bancos como o BNDES, para financiamentos de seus investimentos e ampliou para 35% (trinta e cinco por cento) o imposto de importação, para calçados vindos da China e de outros países.

Infelizmente, a empresa Vulcabrás/Azaléia instalada em nosso Estado, é a única responsável pelo fechamento das unidades citadas acima, visto que nós trabalhadores e governo,  temos feito de tudo para evitar o dito fechamento dos empreendimentos.

 

Mas como diria Karl Marx, não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.

Estabelecida esta calamitosa situação em que se encontram os trabalhadores, precisamos rediscutir a forma de industrialização do nosso estado. Quanto custa aos cofres públicos a atração dessas indústrias? Quantos galpões foram construídos e agora estarão abandonados? Quantos pais e mães de família estarão desempregados? Quantos jovens tiveram os seus sonhos destruídos pela forma como a empresa decidiu sair?

Todas estas questões precisam ser respondidas de forma, que tenhamos uma próxima chance e que esta, seja para que possamos realmente desenvolver as nossas cidades do interior de forma sustentável e não ficarmos reféns dos fluxos e refluxos do capital, permitindo que trabalhadores sejam explorados e que as empresas não tenham nenhum compromisso social de permanência, o que pode acontecer com qualquer outra e em qualquer hora. Quem será a próxima? Como diz o velho bordão dos radialistas, não custa nada perguntar.

Carlos André dos Santos

PRESIDENTE DA FETRAV/BAHIA.

Título: FETRAV/Bahia: trabalhadores não podem ser reféns dos fluxos e refluxos do capital, Conteúdo:   NOTA PÚBLICA A Fetrav - Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Beneficiamento de Curo, Fabricação de Calçados e Vestuário do Estado da Bahia -  vem a público, para se solidarizar com todos os trabalhadores e trabalhadoras, demitidos pela empresa Vulcabrás/Azaléia, localizada na cidade de Itapetinga, reafirmando categoricamente o seu compromisso, tanto com estes operários quanto com o Sindicato de Verdade, que os representa brilhantemente, na busca por uma solução para este grave problema que os aflige de forma tão intensa. O Sindicato dos Trabalhadores de Calçados de Itapetinga e região (Sindverdade), comunicou à FETRAV/CUT, e a mesma informou imediatamente a CUT (Central Única dos Trabalhadores,) na pessoa do seu presidente, o companheiro Cedro Silva e a CNTV (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário), que tem como presidente a companheira Cida Trajano,  de que a Vulcabrás/Azaléia anunciou o fechamento de todas as filiais da região de Itapetinga, abrangendo um total de 12 (doze) unidades e que esta decisão foi formalizada no dia 30 de novembro passado, sendo que a medida atingiu cerca de 4.000 (quatro mil)postos de trabalho. O sindicato laboral acionou a CUT-Bahia e os representantes do governo do Estado, sobre a decisão do grupo. O resultado foi o agendamento de uma primeira reunião de mediação, com representantes da Empresa, do Sindicato, da FETRAV, da CUT e do GOVERNO DO ESTADO, que se realizou no dia 3 de dezembro, às 14h, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (superintendência) na cidade de Salvador, onde discutimos saídas para o caso. A Vulcabrás/Azaléia afirmou peremptoriamente, que era irreversível a decisão tomada e não haveria nenhuma hipótese de a mesma se estabelecer futuramente nas cidades atingidas.   Sabemos que a indústria de fabricação de calçados do Brasil, passa por um momento difícil, entretanto este setor tem recebido sistematicamente apoio dos Governo Jaques Wagner e da Presidenta Dilma Rousseff, para minimizar os efeitos da crise, a exemplo do PLANO BRASIL MAIOR que desonerou em 20% (vinte por cento), a folha de pagamento das empresas do setor e da viabilização de empréstimos, junto a bancos como o BNDES, para financiamentos de seus investimentos e ampliou para 35% (trinta e cinco por cento) o imposto de importação, para calçados vindos da China e de outros países. Infelizmente, a empresa Vulcabrás/Azaléia instalada em nosso Estado, é a única responsável pelo fechamento das unidades citadas acima, visto que nós trabalhadores e governo,  temos feito de tudo para evitar o dito fechamento dos empreendimentos.   Mas como diria Karl Marx, não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência. Estabelecida esta calamitosa situação em que se encontram os trabalhadores, precisamos rediscutir a forma de industrialização do nosso estado. Quanto custa aos cofres públicos a atração dessas indústrias? Quantos galpões foram construídos e agora estarão abandonados? Quantos pais e mães de família estarão desempregados? Quantos jovens tiveram os seus sonhos destruídos pela forma como a empresa decidiu sair? Todas estas questões precisam ser respondidas de forma, que tenhamos uma próxima chance e que esta, seja para que possamos realmente desenvolver as nossas cidades do interior de forma sustentável e não ficarmos reféns dos fluxos e refluxos do capital, permitindo que trabalhadores sejam explorados e que as empresas não tenham nenhum compromisso social de permanência, o que pode acontecer com qualquer outra e em qualquer hora. Quem será a próxima? Como diz o velho bordão dos radialistas, não custa nada perguntar. Carlos André dos Santos PRESIDENTE DA FETRAV/BAHIA.



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