Estudantes marcam para esta terça ato contra reforma do ensino médio

Protesto está marcado para as 9h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Escrito por: Rede Brasil Atual • Publicado em: 18/10/2016 - 05:26 • Última modificação: 18/10/2016 - 05:29 Escrito por: Rede Brasil Atual Publicado em: 18/10/2016 - 05:26 Última modificação: 18/10/2016 - 05:29

Divulgação

Estudantes secundaristas de São Paulo realizam ato contra a reforma do ensino médio apresentada pelo governo de Michel Temer no último dia 22, por meio da Medida Provisória (MP) 746. A proposta, elaborada às pressas sem consulta à comunidade escolar, é criticada por especialistas por ser considerada ultrapassada e por fragmentar e empobrecer a formação. O protesto está marcado para as 9h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Os estudantes convidam organizações, entidades estudantis e grêmios a participarem do ato. Haverá também uma série de mobilizações nas portas das escolas, para convocar os alunos a irem para a Avenida Paulista e se juntarem ao movimento. “Eles pretendem usar as escolas para formar mão de obra sem pensamento crítico e ainda mais barata para o mercado”, diz comunicado do grupo. Este será o terceiro ato organizado em São Paulo contra a reforma.

Logo após o anúncio das medidas por Temer, estudantes iniciaram uma série de ocupações de escolas em diversas cidades do país, em protesto contra a reforma do ensino médio. O Paraná concentra o maior número: até as 14h30 de hoje (último levantamento disponível) eram pelo menos 550 escolas ocupadas, além de novecampi universitários e dois núcleos de educação.

Entre as propostas para o ensino médio estão o aumento da carga horária de 800 horas aula por ano para 1.400, flexibilizando o currículo de forma que os alunos passem a escolher entre as áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. As disciplinas de artes, educação física, filosofia e sociologia deixam de ser obrigatórias e os professores não precisariam mais ter diploma de licenciatura.

"Da mesma maneira que antes optavam apenas os alunos da elite, que seguiriam para a faculdade, com a reforma de Temer, os filhos dos trabalhadores terão como escolha o mundo do trabalho. Nem podemos dizer que isso seja uma escolha, mas o aprofundamento da desigualdade", disse a presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Andrea Gouveia, à época do anúncio.

No Congresso, a medida recebeu 568 emendas. O texto será analisado primeiro por uma comissão mista e depois pelos plenários da Câmara e do Senado.

Título: Estudantes marcam para esta terça ato contra reforma do ensino médio, Conteúdo: Estudantes secundaristas de São Paulo realizam ato contra a reforma do ensino médio apresentada pelo governo de Michel Temer no último dia 22, por meio da Medida Provisória (MP) 746. A proposta, elaborada às pressas sem consulta à comunidade escolar, é criticada por especialistas por ser considerada ultrapassada e por fragmentar e empobrecer a formação. O protesto está marcado para as 9h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Os estudantes convidam organizações, entidades estudantis e grêmios a participarem do ato. Haverá também uma série de mobilizações nas portas das escolas, para convocar os alunos a irem para a Avenida Paulista e se juntarem ao movimento. “Eles pretendem usar as escolas para formar mão de obra sem pensamento crítico e ainda mais barata para o mercado”, diz comunicado do grupo. Este será o terceiro ato organizado em São Paulo contra a reforma. Logo após o anúncio das medidas por Temer, estudantes iniciaram uma série de ocupações de escolas em diversas cidades do país, em protesto contra a reforma do ensino médio. O Paraná concentra o maior número: até as 14h30 de hoje (último levantamento disponível) eram pelo menos 550 escolas ocupadas, além de novecampi universitários e dois núcleos de educação. Entre as propostas para o ensino médio estão o aumento da carga horária de 800 horas aula por ano para 1.400, flexibilizando o currículo de forma que os alunos passem a escolher entre as áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. As disciplinas de artes, educação física, filosofia e sociologia deixam de ser obrigatórias e os professores não precisariam mais ter diploma de licenciatura. Da mesma maneira que antes optavam apenas os alunos da elite, que seguiriam para a faculdade, com a reforma de Temer, os filhos dos trabalhadores terão como escolha o mundo do trabalho. Nem podemos dizer que isso seja uma escolha, mas o aprofundamento da desigualdade, disse a presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Andrea Gouveia, à época do anúncio. No Congresso, a medida recebeu 568 emendas. O texto será analisado primeiro por uma comissão mista e depois pelos plenários da Câmara e do Senado.



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