Emprego, renda e trabalho decente são temas da Conferência Regional do setor Têxtil da IndustriALL
Atividade aconteceu no Perú e debateu os avanços globais da indústria têxtil, de confecções, couro e calçados e seus impactos para os trabalhadores
Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT • Publicado em: 28/11/2016 - 17:25 • Última modificação: 30/11/2016 - 11:47 Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT Publicado em: 28/11/2016 - 17:25 Última modificação: 30/11/2016 - 11:47Divulgação
Nos dias 24 e 25 de novembro, na cidade de Lima, no Perú, a IndustriALL Global Union promoveu a Conferência Regional do Setor Têxtil. Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, representou o Brasil no evento, que debateu, dentre outros assuntos, os avanços da indústria têxtil/vestuária com vistas às deliberações da Conferência Setorial Mundial, realizada em Frankfurt (Alemanha) em maio de 2016, e do Congresso Mundial da IndústriALL no Rio de Janeiro, em outubro deste ano.
O evento contou com uma análise econômica do setor e seu comportamento mundial com foco nos impactos dos acordos comerciais, globalização e novas tecnologias, nas relações e condições de trabalho e na oferta de mão de obra. “Foi importante ter um panorama global do setor têxtil para que pudéssemos definir ações em nível regional para a América Latina”, comentou Trajano.
A Conferência pautou ainda temas relacionados à ação sindical, como o avanço do diálogo social na resolução de conflitos, sindicalização e fortalecimento das estruturas sindicais.
Salários dignos
Durante a Conferência, sindicalistas de vários países da América Latina debateram a questão salarial no setor têxtil/vestuário. Para Cida Trajano, a terceirização e outras formas de trabalho precário são aliadas dos baixos salários aplicados em todo o continente. “No Brasil e em diversos países, os baixos salários fazem parte da conjuntura do setor têxtil/vestuário, mas a terceirização amplia ainda mais o problema. Neste sentido, a luta por salários dignos precisa pautar e combater a terceirização e outras formas de trabalho precário que fazem parte da realidade dos trabalhadores/as latino-americanos”, avalia a sindicalista, que considerou a Conferência um marco positivo para a organização da luta sindical do próximo período. “Saímos da Conferência fortalecidos para o enfrentamento dos desafios encontrados no setor, de forma articulada pelas entidades filiados à IndustriALL na América Latina e no mundo”, concluiu.