Diminuir a proteção dos trabalhadores, não gera emprego, diz Procuradora do Trabalho
Além de não aumentar o número de vagas no mercado forma de emprego, a Reforma Trabalhista poderá aumentar a miséria e irá piorar as relações de trabalho
Escrito por: Redação CNTRV com informações SECOM/CUT • Publicado em: 11/08/2017 - 11:46 • Última modificação: 23/04/2022 - 16:19 Escrito por: Redação CNTRV com informações SECOM/CUT Publicado em: 11/08/2017 - 11:46 Última modificação: 23/04/2022 - 16:19O fato é que, aplicada ao Brasil, a reforma de Temer pode reproduzir o que já ocorreu em outros países, como avaliou a procuradora do Trabalho da 2ª Região, Mariana Fortes, durante Encontro do Coletivo Jurídico da CUT Nacional, realizado nesta quinta-feira, dia 10, na cidade de São Paulo. Ela resgatou pesquisa da Organização Intarnacional do Trabalho, OIT, de 2015 que avaliou o mercado de trabalho de 63 países nos últimos 20 anos e concluiu que diminuir a proteção dos trabalhadores não gera emprego e não reduz a taxa de desemprego.
Desastre Internacional
Na Espanha, a “Reforma Estrela/Rajoy”, de 2012, resultou na diminuição de 265 mil contratados de trabalho efetivos e de 372 mil em tempo integral. Aumentou em 100 mil os contratos temporários e em 300 mil os de tempo parcial. Os salários caíram 5,3% e o resultado foi um cenário de maior precariedade, piores jornadas, trabalhos menos qualificados e salários mais baixos.
Nada muito diferente do que ocorreu no México, com a reforma Calderón, também em 2012. Ocorreu a diminuição de 1,2 milhão de empregos em que a remuneração era maior que 2 salários mínimos. Desses 1,2 milhão, 500 mil recebiam mais de cinco salários mínimos. A informalidade atingiu 66% da população economicamente ativa e aconteceu o aumento de 1,2 milhão de empregos em que a remuneração está entre 1 e 2 salários mínimos.