Dia 20 tem povo na rua em defesa da democracia e de Lula
Eleição sem a participação do ex-presidente é fraude, apontam movimentos
Escrito por: Redação CUT • Publicado em: 18/07/2017 - 18:14 Escrito por: Redação CUT Publicado em: 18/07/2017 - 18:14Roberto Parizzotti
Com as bandeiras da defesa da democracia e de Lula, por Fora Temer e Diretas Já e contra a implementação da Reforma Trabalhista, organizações dos movimentos sindical, sociais e partidos vão às ruas de todo o país na próxima quinta-feira (20).
Em São Paulo, a mobilização acontece na Avenida Paulista, a partir das 17 horas, e terá entre os participantes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo da parte jurídica do golpe que começou com a ascensão do ilegítimo Michel Temer.
Além de São Paulo, a CUT organizará e participará de atos em todo o país. Conforme destaca o presidente da Central, Vagner Freitas, não se trata de defender apenas a figura ou o legado do ex-presidente mas, também o funcionamento democrático e igualitário da justiça brasileira e os direitos sociais, previdenciário e trabalhistas.
"Para a Casa Grande, Lula representa o perigo de um governo popular e trabalhista voltar ao poder e reestabelecer a democracia, a igualdade, a distribuição de renda, a justiça e a inclusão social”, apontou.
Durante a reunião em São Paulo para organizar os atos, o membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos alertou que é preciso impedir o caráter partidário do Judiciário.
“Vivemos período de profundos retrocessos sociais e democráticos. A condenação de Lula pelo Moro é mais um golpe à já combalida democracia brasileira, porque quando a justiça toma partido, condena sem provas, age pela presunção da culpa e um juiz se torna acusador, há algo sério acontecendo. Por isso fazemos parte dessa campanha que repudia essa acusação sem provas como parte da tentativa de tirar no tapetão o Lula da disputa política”, avaliou.
Dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro explicou porque a luta não é restrita aos defensores e simpatizantes do ex-presidente, mas fundamental para todo aquele que acredite na democracia.
“A luta é contra o estado de Exceção que se espalha por todo o país e criminaliza o Lula, mas não apenas, mira o povo brasileiro e conquistas históricas arrancadas com muita luta. Contra isso e para derrotar o golpe é fundamental a participação de cada cidadão e cidadã brasileira que defenda a democracia.”
Presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, apontou que a agenda dos movimentos de combate ao retrocesso deve se aprofundar nesse novo capítulo do golpe.
“Nossa pauta não muda, pelo contrário, mais do que nunca nossa luta é pela defesa da democracia e do direito do presidente Lula, caçado por Moro num processo sem provas, concorrer nas próximas eleições. Porque eleição sem Lula é fraude”, falou.
Secretário-Geral da CUT-SP, João Cayres, ressaltou ainda que cada ato terá o papel fundamental de mostrar a fragilidade das denúncias contra o ex-presidente. Assim como são frágeis os argumentos para destruir a carteira de trabalho.
“Temos de mostrar ao povo que Lula está sendo injustiçado e o absurdo que Moro comete nessa caçada contra ele”, criticou.