Crise na Coteminas de João Pessoa mobiliza lideranças do setor do vestuário

Sindicato local denuncia que unidade da capital da Paraíba está parada desde o ano passado, atrasa salários, cestas básicas e demite com verbas rescisórias parceladas; CNTRV vê desrespeito à sociedade

Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 09/10/2023 - 10:07 • Última modificação: 26/10/2023 - 10:32 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 09/10/2023 - 10:07 Última modificação: 26/10/2023 - 10:32

Divugação - STI Têxteis da Paraíba

Uma carta aberta divulgada no fim de setembro pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de João Pessoa (Sinditêxtil JP) expondo a grave crise que atinge a unidade da Coteminas da capital da Paraíba mobilizou diversas lideranças do ramo do vestuário e outros setores em apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da empresa.

Na carta, o Sinditêxtil JP diz que a unidade local da Coteminas está com suas atividades suspensas desde o ano passado e que neste período os trabalhadores(a) foram colocados várias vezes no sistema de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho).

Em 2023, porém, a situação piorou muito, segundo o sindicato, com atraso de salários e na entrega das cestas básicas, corte do plano de saúde, demissão em massa com parcelamento ilegal das verbas rescisórias e não recolhimento do FGTS. 

 

"Tudo isso é um desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras, mas também à sociedade brasileira, pois a Coteminas usufrui de benefícios da lei trabalhista, como o lay-off e a desoneração da folha de pagamento, mas descumpre a parte que trata da responsabilidade social", afirma Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV).

Segundo Jeane de Souza, presidenta do Sindtextil JP, além de levar o caso a órgãos como Ministério do Trabalho e Ministério Público, a entidade faz protestos em frente à sede da empresa para manter os trabalhadores mobilizados. Um novo ato está programado para o próximo dia 10 de outubro.

"Esse problema vem se estendendo há muito tempo, com os trabalhadores passando necessidades, vendo suas geladeiras vazias. Muitos deles, mesmo com carteira assinada, estão recorrendo a trabalhos informais e bicos porque estão sem salários", relata Jeane de Souza.

 

Nas redes sociais do Sinditêxtil JP já manifestaram apoio aos trabalhadores da Coteminas lideranças sindicais como Regina Lessa, diretora do Sindicato dos Sapateiros(as) do Ceará e Secretária de Mulheres da CNTRV, Arlete Silva, presidenta do Sindicato de Calçados de Ipirá (BA), Paulo Cayres, titular da Secretaria Nacional Sindical do PT, e Leiliane Oliveira, presidenta da Federação do Norte Nordeste do Vestuário. 

A Coteminas foi fundada em 1967, em Montes Claros (MG), e atualmente é presidida por Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Josué é filho de José Alencar, que morreu em 2011 e foi vice-presidente da República nos dois primeiros mandatos de Lula.

Além de Montes Claros, a Coteminas possui unidades em João Pessoa e Campina Grande (PB), Natal e Macaíba (RN), Blumenau (SC), e uma na Argentina. O grupo é dono de marcas conhecidas, como Santista, Artex, MMartan e Casa Moysés. As informações são do site da empresa.


 

Título: Crise na Coteminas de João Pessoa mobiliza lideranças do setor do vestuário, Conteúdo: Uma carta aberta divulgada no fim de setembro pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de João Pessoa (Sinditêxtil JP) expondo a grave crise que atinge a unidade da Coteminas da capital da Paraíba mobilizou diversas lideranças do ramo do vestuário e outros setores em apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da empresa. Na carta, o Sinditêxtil JP diz que a unidade local da Coteminas está com suas atividades suspensas desde o ano passado e que neste período os trabalhadores(a) foram colocados várias vezes no sistema de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho). Em 2023, porém, a situação piorou muito, segundo o sindicato, com atraso de salários e na entrega das cestas básicas, corte do plano de saúde, demissão em massa com parcelamento ilegal das verbas rescisórias e não recolhimento do FGTS.    Tudo isso é um desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras, mas também à sociedade brasileira, pois a Coteminas usufrui de benefícios da lei trabalhista, como o lay-off e a desoneração da folha de pagamento, mas descumpre a parte que trata da responsabilidade social, afirma Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV). Segundo Jeane de Souza, presidenta do Sindtextil JP, além de levar o caso a órgãos como Ministério do Trabalho e Ministério Público, a entidade faz protestos em frente à sede da empresa para manter os trabalhadores mobilizados. Um novo ato está programado para o próximo dia 10 de outubro. Esse problema vem se estendendo há muito tempo, com os trabalhadores passando necessidades, vendo suas geladeiras vazias. Muitos deles, mesmo com carteira assinada, estão recorrendo a trabalhos informais e bicos porque estão sem salários, relata Jeane de Souza.   Nas redes sociais do Sinditêxtil JP já manifestaram apoio aos trabalhadores da Coteminas lideranças sindicais como Regina Lessa, diretora do Sindicato dos Sapateiros(as) do Ceará e Secretária de Mulheres da CNTRV, Arlete Silva, presidenta do Sindicato de Calçados de Ipirá (BA), Paulo Cayres, titular da Secretaria Nacional Sindical do PT, e Leiliane Oliveira, presidenta da Federação do Norte Nordeste do Vestuário.  A Coteminas foi fundada em 1967, em Montes Claros (MG), e atualmente é presidida por Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Josué é filho de José Alencar, que morreu em 2011 e foi vice-presidente da República nos dois primeiros mandatos de Lula. Além de Montes Claros, a Coteminas possui unidades em João Pessoa e Campina Grande (PB), Natal e Macaíba (RN), Blumenau (SC), e uma na Argentina. O grupo é dono de marcas conhecidas, como Santista, Artex, MMartan e Casa Moysés. As informações são do site da empresa.  



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