CNTV presente na reunião da Frente Parlamentar para discutir produção no setor têxtil

Café da manhã na Câmara dos Deputados contou com 313 pessoas no dia 19 de junho passado

Escrito por: CNTV-CUT • Publicado em: 21/06/2013 - 12:13 Escrito por: CNTV-CUT Publicado em: 21/06/2013 - 12:13

Preservar cerca de 30 mil empresas e 1,7 milhão de trabalhadores por meio de um regime tributário diferenciado e também da garantia de Salvaguarda do setor pela Organização Mundial do Comércio – mecanismo de proteção comercial contra a concorrência desleal de indústrias estrangeiras. Estes são os principais objetivos da agenda do setor têxtil e de confecções para 2013 e 2014, discutidos nesta quarta-feira (19), em um café da manhã na Câmara dos Deputados. O evento, que contou com a presença de 313 pessoas, foi organizado pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), pela Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional e pela Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção José Alencar. O ramo vestuário da CUT foi representado pela presidenta da CNTV-CUT, Cida Trajano (em destaque na foto).

O deputado Henrique Fontana, coordenador da Frente Parlamentar da Indústria Nacional, conduziu os trabalhos, que contaram com a participação efetiva de parlamentares, representantes de entidades do setor e representantes dos ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio.

Após rápida explanação sobre os números do setor têxtil e de confecções – que faturou US$ 57 bilhões em 2012 e é responsável por 6% do PIB da indústria de transformação -, o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, destacou a necessidade de mudanças no regime de tributação e na publicação da Salvaguarda, para que o setor possa aumentar a competitividade. Aguinaldo destacou que a Abit entrou com pedido de salvaguarda junto ao Ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Exterior (MDIC) no ano passado, e que aguarda resposta.

A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, informou que o Brasil tem sido considerado pela OMC como o País que mais protege seu mercado. “Temos diversos processos de antidumping e medidas compensatórias julgadas e em andamento. Não é por falta de boa vontade do governo que não publicaremos a Salvaguarda, mas assim que considerarmos que temos embasamento legal e técnico suficiente para fazê-lo”, disse Prazeres.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor e das Costureiras (Conaccovest), Eunice Cabral, destacou que a solução destas questões irá salvar o setor da concorrência desleal e da importação de mão de obra barata: “somos polivalentes nas nossas funções, temos mão de obra e temos o melhor design do mundo. Não queremos mais perder espaço para indústrias estrangeiras que competem deslealmente”, disse.

O deputado federal Zeca Dirceu, coordenador da Frente Parlamentar da Indústria Têxtil, destacou que já houve avanços – como a desoneração da folha de pagamento – e que os parlamentares irão continuar trabalhando para que avancem ainda mais as negociações com o governo em relação à proposta de Regime Tributário para Confecção (RTCC).

Henrique Fontana sugeriu a realização de reuniões regionais para que os representantes do setor possam alinhar informações e fornecer o máximo de embasamento para o processo de Salvaguarda, “pois sem isso não avançaremos neste assunto, por mais que o governo mostre vontade”, disse.

Na composição da mesa, entre outros, estavam: o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB/SC), que também coordena a Frente Têxtil no Senado, o deputado Newton Cardoso (PMDB/MG) que coordena a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT/PR), o presidente da Abit Aguinaldo Diniz Filho, a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor e das Costureiras (Conaccovest), Eunice Cabral, além dos representantes do governo federal: a Secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI - Mauro Borges e o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.

Conheça melhor os números da Indústria Têxtil e de Confecções do Brasil

O setor têxtil e de confecções reúne mais de 30 mil empresas no país, de médio e pequeno portes, empregando diretamente 1,7 milhão de pessoas. Desse contingente, 75% é composto por mulheres.

O setor gera ainda cerca de outros 4 milhões de empregos indiretos, movimentando uma cadeia produtiva de 8 milhões de pessoas, incluindo setores como o comércio e a publicidade.

Tanto a indústria têxtil quanto as confecções foram beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento, que é a substituição da incidência de 20% do INSS por 1% sobre o faturamento da empresa. A desoneração proporcionou, entre maio de 2012 e abril de 2013, a geração de 11,4 mil empregos no setor, que tem projeção para investir US$ 2,4 bilhões em 2013 e paga cerca de R$ 17 bilhões em salários/ano.

Porém, o peso tributário e a concorrência com produtos estrangeiros ainda faz com que a indústria esteja em déficit na balança comercial – quando o setor importa mais produtos do que exporta. Embora o governo federal tenha tomado medidas, como a desoneração da folha e a margem de preferência ara a indústria nacional nas compras governamentais, o regime diferenciado de tributação é uma grande reivindicação do setor.

Com informações da assessoria do dep. Zeca Dirceu

Título: CNTV presente na reunião da Frente Parlamentar para discutir produção no setor têxtil, Conteúdo: Preservar cerca de 30 mil empresas e 1,7 milhão de trabalhadores por meio de um regime tributário diferenciado e também da garantia de Salvaguarda do setor pela Organização Mundial do Comércio – mecanismo de proteção comercial contra a concorrência desleal de indústrias estrangeiras. Estes são os principais objetivos da agenda do setor têxtil e de confecções para 2013 e 2014, discutidos nesta quarta-feira (19), em um café da manhã na Câmara dos Deputados. O evento, que contou com a presença de 313 pessoas, foi organizado pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), pela Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional e pela Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção José Alencar. O ramo vestuário da CUT foi representado pela presidenta da CNTV-CUT, Cida Trajano (em destaque na foto). O deputado Henrique Fontana, coordenador da Frente Parlamentar da Indústria Nacional, conduziu os trabalhos, que contaram com a participação efetiva de parlamentares, representantes de entidades do setor e representantes dos ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio. Após rápida explanação sobre os números do setor têxtil e de confecções – que faturou US$ 57 bilhões em 2012 e é responsável por 6% do PIB da indústria de transformação -, o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, destacou a necessidade de mudanças no regime de tributação e na publicação da Salvaguarda, para que o setor possa aumentar a competitividade. Aguinaldo destacou que a Abit entrou com pedido de salvaguarda junto ao Ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Exterior (MDIC) no ano passado, e que aguarda resposta. A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, informou que o Brasil tem sido considerado pela OMC como o País que mais protege seu mercado. “Temos diversos processos de antidumping e medidas compensatórias julgadas e em andamento. Não é por falta de boa vontade do governo que não publicaremos a Salvaguarda, mas assim que considerarmos que temos embasamento legal e técnico suficiente para fazê-lo”, disse Prazeres. A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor e das Costureiras (Conaccovest), Eunice Cabral, destacou que a solução destas questões irá salvar o setor da concorrência desleal e da importação de mão de obra barata: “somos polivalentes nas nossas funções, temos mão de obra e temos o melhor design do mundo. Não queremos mais perder espaço para indústrias estrangeiras que competem deslealmente”, disse. O deputado federal Zeca Dirceu, coordenador da Frente Parlamentar da Indústria Têxtil, destacou que já houve avanços – como a desoneração da folha de pagamento – e que os parlamentares irão continuar trabalhando para que avancem ainda mais as negociações com o governo em relação à proposta de Regime Tributário para Confecção (RTCC). Henrique Fontana sugeriu a realização de reuniões regionais para que os representantes do setor possam alinhar informações e fornecer o máximo de embasamento para o processo de Salvaguarda, “pois sem isso não avançaremos neste assunto, por mais que o governo mostre vontade”, disse. Na composição da mesa, entre outros, estavam: o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB/SC), que também coordena a Frente Têxtil no Senado, o deputado Newton Cardoso (PMDB/MG) que coordena a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT/PR), o presidente da Abit Aguinaldo Diniz Filho, a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor e das Costureiras (Conaccovest), Eunice Cabral, além dos representantes do governo federal: a Secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI - Mauro Borges e o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.Conheça melhor os números da Indústria Têxtil e de Confecções do Brasil O setor têxtil e de confecções reúne mais de 30 mil empresas no país, de médio e pequeno portes, empregando diretamente 1,7 milhão de pessoas. Desse contingente, 75% é composto por mulheres. O setor gera ainda cerca de outros 4 milhões de empregos indiretos, movimentando uma cadeia produtiva de 8 milhões de pessoas, incluindo setores como o comércio e a publicidade. Tanto a indústria têxtil quanto as confecções foram beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento, que é a substituição da incidência de 20% do INSS por 1% sobre o faturamento da empresa. A desoneração proporcionou, entre maio de 2012 e abril de 2013, a geração de 11,4 mil empregos no setor, que tem projeção para investir US$ 2,4 bilhões em 2013 e paga cerca de R$ 17 bilhões em salários/ano. Porém, o peso tributário e a concorrência com produtos estrangeiros ainda faz com que a indústria esteja em déficit na balança comercial – quando o setor importa mais produtos do que exporta. Embora o governo federal tenha tomado medidas, como a desoneração da folha e a margem de preferência ara a indústria nacional nas compras governamentais, o regime diferenciado de tributação é uma grande reivindicação do setor. Com informações da assessoria do dep. Zeca Dirceu



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