CNTV-CUT participa da Ato da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente
Lideranças alertam que volta do neoliberalismo representa risco aos direitos trabalhistas
Escrito por: CNTV-CUT • Publicado em: 16/10/2014 - 12:26 Escrito por: CNTV-CUT Publicado em: 16/10/2014 - 12:26No dia 7 de outubro militantes da CUT, Força Sindical, UGT e CNPL realizaram um ato em frente à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, em São Paulo. As mobilizações convocadas pela Confederação Sindical Internacional (CSI) ocorreram em mais de 150 países.
O tema central deste ano foi “Justiça para os trabalhadores e trabalhadoras, Justiça climática” e remonta a luta por um modelo de desenvolvimento sustentável, com manutenção e ampliação de direitos, geração de emprego e renda.
Durante o ato, o presidente da CSI, João Antonio Felício, alertou para a onda de conservadorismo que tem varrido, principalmente, a Europa, com políticas recessivas e ajuste fiscal e que resultaram num massivo desemprego, arrocho salarial, retirada de direitos e da proteção social.
“No Brasil, felizmente, conseguimos impedir esse movimento, mas hoje convivemos com a ameaça da volta das políticas neoliberais e o iminente risco de que possa se espalhar pela América Latina como vem ocorrendo na Europa”, ressaltou Felício.
Cida Trajano, presidente da CNTV-CUT, destacou que “este é um dia muito importante de reflexão para a classe trabalhadora, onde devemos pautar a discussão para que se supere a precarização e também para que o que garantimos até aqui não retroceda. Queremos que o dia 7 possa ser um dia de comemoração do dia sem precarização” e completou “no Brasil avançou no combate a precarização nos últimos 12 anos, com a implementação do trabalho decente, através das centrais e as instituições. Neste 2° turno corremos o risco de retroagir nas conquistas se elegermos a direita”.
O ato contou com a participação de diversos dirigentes da CUT Nacional e da CUT-SP. Ao final, o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, recebeu dos líderes das centrais um documento que reúne uma série de reivindicações, como o combate ao trabalho escravo e infantil, contra a terceirização que precariza, contra o fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, entre outros temas.