CNTV-CUT leva situação da Vulcabras/Azaleia ao Ministério do Trabalho, em Brasília

Reunião com o secretário de relações do trabalho do MTE, Manoel Messias Mello, aconteceu nesta quarta-feira, 5/12, em Brasília

Escrito por: Gislene Madarazo • Publicado em: 06/12/2012 - 11:51 Escrito por: Gislene Madarazo Publicado em: 06/12/2012 - 11:51

A presidente da CNTV-CUT, Cida Trajano, e seu vice, João Batista, reuniram-se nesta quarta-feira, 5 de dezembro, com o Secretário de Organização de Políticas Sindicais do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Mello, para tratar do anúncio do fechamento de 12 fábricas da Bahia do grupo Vulcabras/Azaleia, e a demissão de cerca de 4 mil trabalhadores.

A Confederação pediu ao Ministério que convoque a empresa para discutir as 4 mil demissões, uma vez que o Plano Brasil Maior vem concedendo ampliação de incentivos fiscais, defesa comercial, fomento à inovação e fortalecimento da indústria brasileira e em nenhum momento o grupo Vulcabras/Azaleia levou essa discussão do fechamento das fábricas ao Conselho de Competitividade Setorial.

"Nós, da CNTV, a CUT Bahia e a CUT Nacional queremos uma mesa de negociação com a empresa e com representantes dos ministérios do Trabalho; da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Queremos que o governo intervenha nessa situação das demissões", explica a presidenta Cida Trajano.

A CNTV-CUT também está preparando junto ao DIEESE um levantamento do impacto econômico do fechamento das fábricas, que afeta não só os 4 mil empregos diretos, mas os empregos indiretos e a economia da região. "Com o estudo em mãos, vamos enviá-lo aos órgãos do governo, e pedir providências para impedir esses impactos econômicos e sociais", comenta Trajano.

No mesmo dia, Cida e João, acompanhados pelos dirigentes Mandu (presidente da Federação Têxtil e Vestuário do Norte e Nordeste), Guedes (presidente da Federação Coureira do Brasil), e dirigentes da CUT Nacional também reuniram-se com o dep. federal Zezeu Ribeiro (PT-Bahia) para solicitar o encaminhamento de uma audiência pública no Congresso Nacional com a empresa e a Confederação Nacional do Vestuário CNTV

Fechamento e demissão

A Vulcabras Azaleia, maior fabricante de calçados do país, anunciou o fechamento de mais 12 fábricas na Bahia, onde trabalhavam 4.000 pessoas. Em 2011, a empresa presidida por Pedro Grendene havia demitido 8.900 funcionários em todo o país após registrar o primeiro prejuízo em 15 anos. Na ocasião, a Bahia perdeu 6 das 18 fábricas no Estado da dona das marcas Azaleia, Olympikus e Reebok. A justificativa continua a mesma: a concorrência desproporcional dos produtos asiáticos.

Segundo o Sindicato dos Calçados de Itapetinga e região (Sindicato da Verdade), a medida vai afetar entre 40% e 50% de todos os empregos gerados nos municípios de Caatiba, Firmino Alves, Itambé, Itapetinga, Itororó e Macarani, provocando um colapso na economia da região.

Em nota divulgada pela FSP online, a Vulcabras afirmou que vem enfrentando "sucessivos e elevados prejuízos financeiros em decorrência do aumento da competição, causado pela excessiva entrada de produtos importados a preços muito baixos". E a partir de agora, só manterá as atividades na matriz da empresa, em Itapetinga.

Título: CNTV-CUT leva situação da Vulcabras/Azaleia ao Ministério do Trabalho, em Brasília, Conteúdo: A presidente da CNTV-CUT, Cida Trajano, e seu vice, João Batista, reuniram-se nesta quarta-feira, 5 de dezembro, com o Secretário de Organização de Políticas Sindicais do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Mello, para tratar do anúncio do fechamento de 12 fábricas da Bahia do grupo Vulcabras/Azaleia, e a demissão de cerca de 4 mil trabalhadores. A Confederação pediu ao Ministério que convoque a empresa para discutir as 4 mil demissões, uma vez que o Plano Brasil Maior vem concedendo ampliação de incentivos fiscais, defesa comercial, fomento à inovação e fortalecimento da indústria brasileira e em nenhum momento o grupo Vulcabras/Azaleia levou essa discussão do fechamento das fábricas ao Conselho de Competitividade Setorial. "Nós, da CNTV, a CUT Bahia e a CUT Nacional queremos uma mesa de negociação com a empresa e com representantes dos ministérios do Trabalho; da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Queremos que o governo intervenha nessa situação das demissões", explica a presidenta Cida Trajano. A CNTV-CUT também está preparando junto ao DIEESE um levantamento do impacto econômico do fechamento das fábricas, que afeta não só os 4 mil empregos diretos, mas os empregos indiretos e a economia da região. "Com o estudo em mãos, vamos enviá-lo aos órgãos do governo, e pedir providências para impedir esses impactos econômicos e sociais", comenta Trajano. No mesmo dia, Cida e João, acompanhados pelos dirigentes Mandu (presidente da Federação Têxtil e Vestuário do Norte e Nordeste), Guedes (presidente da Federação Coureira do Brasil), e dirigentes da CUT Nacional também reuniram-se com o dep. federal Zezeu Ribeiro (PT-Bahia) para solicitar o encaminhamento de uma audiência pública no Congresso Nacional com a empresa e a Confederação Nacional do Vestuário CNTV Fechamento e demissão A Vulcabras Azaleia, maior fabricante de calçados do país, anunciou o fechamento de mais 12 fábricas na Bahia, onde trabalhavam 4.000 pessoas. Em 2011, a empresa presidida por Pedro Grendene havia demitido 8.900 funcionários em todo o país após registrar o primeiro prejuízo em 15 anos. Na ocasião, a Bahia perdeu 6 das 18 fábricas no Estado da dona das marcas Azaleia, Olympikus e Reebok. A justificativa continua a mesma: a concorrência desproporcional dos produtos asiáticos. Segundo o Sindicato dos Calçados de Itapetinga e região (Sindicato da Verdade), a medida vai afetar entre 40% e 50% de todos os empregos gerados nos municípios de Caatiba, Firmino Alves, Itambé, Itapetinga, Itororó e Macarani, provocando um colapso na economia da região. Em nota divulgada pela FSP online, a Vulcabras afirmou que vem enfrentando "sucessivos e elevados prejuízos financeiros em decorrência do aumento da competição, causado pela excessiva entrada de produtos importados a preços muito baixos". E a partir de agora, só manterá as atividades na matriz da empresa, em Itapetinga.



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