Categorias em campanha, movimentos sociais e centrais têm dia nacional de paralisações

Bancários, petroleiros, metalúrgicos, profissionais da saúde e da educação, estudantes e frentes Brasil Popular e Povo sem Medo têm atividades de protesto nesta quinta (22) em todo o país

Escrito por: Rede Brasil Atual • Publicado em: 22/09/2016 - 09:30 Escrito por: Rede Brasil Atual Publicado em: 22/09/2016 - 09:30

Divulgação Defesa dos direitos trabalhistas, sociais, da saúde, da educação marca atos desta quinta

Centrais sindicais e entidades ligadas às frentes Brasil Popular e Povo sem Medo promovem nesta quinta-feira (22) um dia nacional de paralisações e manifestações “por nenhum direito a menos”. O dia é considerado como um “esquenta” na direção da preparação de uma greve geral – caso venha a ser necessária – contra ameaças de retrocesso sociais e ao mundo do trabalho que vêm sendo anunciadas pelo governo Michel Temer. Entre elas, os movimentos destacam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos em áreas como saúde e educação, e projetos de flexibilização da legislação trabalhista, reforma da Previdência e liberação para terceirizações em todas as atividades.

Categorias em campanhas salariais incorporarão essas bandeiras. Em todo o país, sindicatos de bancários planejam nesta quinta-feira (22) intensificar a greve nacional iniciada em 6 de setembro. Trabalhadores da Petrobras realizarão assembleias para deflagrar a Operação Para Pedro – alusiva às medidas do presidente da companhia, Pedro Parente, que segundo a Federação Única dos Petroleiros põem em risco a grandeza e o futuro da estatal. Em vários estados, professores farão assembleias em defesa da educação pública e pela valorização dos profissionais do setor. Profissionais da saúde e movimentos populares promovem atividades em defesa do Sistema Único do Saúde (SUS).

Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, metalúrgicos farão ato público na Avenida Robert Kennedy, Parque dos Pássaros, bairro com grande concentração de fábricas em campanha salarial, a partir das 8h30. Em São Paulo, às 10h, está prevista uma concentração das centrais diante da sede Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), na Avenida Paulista, e entrega de uma pauta à entidade patronal. Às 15h, começa nova concentração na avenida, no vão livre do Masp, onde os professores da rede pública estadual estarão em assembleia, para a realização de ato público ampliado.

Das 6h às 8h e das 14h às 15h, sindicatos de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, dentistas e de pessoal administrativo farão atos na região do Hospital das Clínicas e Emílio Ribas, o chamado Quadrilátero da Saúde na capital paulista. “Vamos distribuir panfletos para alertar a população sobre as ameaças do fim das vinculações de recursos para a saúde pública. Na sequência, seguiremos para o ato na Avenida Paulista”, disse o secretário de Comunicação do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, uma das 31 entidades que compõem a Frente em Defesa do SUS.

Em Brasília, diversas categorias fazem assembleias a partir das 7h. Os professores fazem ato às 9h30 diante do Palácio do Buriti, sede do governo local. Às 14h, será realizado protesto unificado em defesa da classe trabalhadora na Câmara Legislativa. Uma concentração ampliada das frentes populares está prevista para as 16h, na Catedral, com caminhada até o Congresso Nacional.

No Rio de Janeiro, uma passeata deve sair por voltas das 17h da Candelária em direção à Assembleia Legislativa, na Praça XV, pela Avenida Rio Branco. “Dia 22 de setembro, todos nós, trabalhadoras e trabalhadores, temos que estar nas ruas, dando um recado para esse governo golpista, dizendo que não vamos tolerar que mexam em nossos direitos”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. A ideia das centrais é que no dia 22 se inicie um processo mais amplo de construção de uma greve geral no país, caso seja necessário. “O diálogo frequente com os sindicatos e as bases tem sido importante para essa construção.”

Bancários

A greve nacional dos bancários, com data-base em 1º de setembro, chega hoje ao17º dia e já é tida por seus organizadores como a maior da história. Até agora, os bancos propõem reajuste de 7% e abono de R$ 3.300 – oferta recusada pelo Comando Nacional da categoria por não repor a inflação do período (9,62%) e ser incompatível com o desempenho dos bancos.

Apesar da amplitude, o movimento tem sido ocultado pelos meios de comunicação e desrespeitado por entidades corporativas, como a Ordem dos Advogados do Brasil. A estaria movendo ações por meio de suas subseções estaduais com objetivo de criminalizar o movimento e impor multas aos sindicatos.

Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), disse respeitar a OAB “pela sua história, mesmo nos momentos em que divergimos de suas posições”, lembrando a adesão da entidade tanto ao golpe de 1964 como o de 2016. “O cenário está realmente complexo e representa a instabilidade em que vivemos. A OAB interferiu na nossa greve, os bancos continuam acionando os famigerados interditos proibitórios para sufocar nosso movimento e os bancários e bancárias continuaram firmes. A Fenaban continua negando uma proposta decente e os trabalhadores e a população são penalizados. Lamentável a ausência de responsabilidade social que estamos enfrentando”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Petroleiros

A categoria, também com data-base em setembro, está preocupada com propostas de reajuste de 4,97%, retirada de direitos e de congelamento de salários apresentada pela Petrobras. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a direção da empresa comandada por Pedro Parente trabalha com o desmonte de direitos e com medidas como a venda subsidiárias, campos do pré-sal e outros ativos estratégicos como “salvação para a crise”. A orientação da federação dos petroleiros é reagir e iniciar a construção de uma nova greve nacional. O primeiro passo será dado na Operação Para Pedro, que será submetida à aprovação dos trabalhadores nas assembleias que começam nesta quinta-feira.

A operação consiste no cumprimento rigoroso de todos os itens de segurança operacional e denúncia de quem descumprir ou assediar os trabalhadores. A FUP alerta que a saída de quase 20 mil petroleiros nos dois últimos programas de incentivo a demissões voluntárias (PIDV) aumentou os riscos de acidentes e mortes. Nas assembleias, serão votadas a rejeição da proposta apresentada pela Petrobras e subsidiárias; aprovação da Operação Para Pedro, de estado de greve e de assembleia permanente.

Título: Categorias em campanha, movimentos sociais e centrais têm dia nacional de paralisações, Conteúdo: Centrais sindicais e entidades ligadas às frentes Brasil Popular e Povo sem Medo promovem nesta quinta-feira (22) um dia nacional de paralisações e manifestações “por nenhum direito a menos”. O dia é considerado como um “esquenta” na direção da preparação de uma greve geral – caso venha a ser necessária – contra ameaças de retrocesso sociais e ao mundo do trabalho que vêm sendo anunciadas pelo governo Michel Temer. Entre elas, os movimentos destacam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos em áreas como saúde e educação, e projetos de flexibilização da legislação trabalhista, reforma da Previdência e liberação para terceirizações em todas as atividades. Categorias em campanhas salariais incorporarão essas bandeiras. Em todo o país, sindicatos de bancários planejam nesta quinta-feira (22) intensificar a greve nacional iniciada em 6 de setembro. Trabalhadores da Petrobras realizarão assembleias para deflagrar a Operação Para Pedro – alusiva às medidas do presidente da companhia, Pedro Parente, que segundo a Federação Única dos Petroleiros põem em risco a grandeza e o futuro da estatal. Em vários estados, professores farão assembleias em defesa da educação pública e pela valorização dos profissionais do setor. Profissionais da saúde e movimentos populares promovem atividades em defesa do Sistema Único do Saúde (SUS). Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, metalúrgicos farão ato público na Avenida Robert Kennedy, Parque dos Pássaros, bairro com grande concentração de fábricas em campanha salarial, a partir das 8h30. Em São Paulo, às 10h, está prevista uma concentração das centrais diante da sede Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), na Avenida Paulista, e entrega de uma pauta à entidade patronal. Às 15h, começa nova concentração na avenida, no vão livre do Masp, onde os professores da rede pública estadual estarão em assembleia, para a realização de ato público ampliado. Das 6h às 8h e das 14h às 15h, sindicatos de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, dentistas e de pessoal administrativo farão atos na região do Hospital das Clínicas e Emílio Ribas, o chamado Quadrilátero da Saúde na capital paulista. “Vamos distribuir panfletos para alertar a população sobre as ameaças do fim das vinculações de recursos para a saúde pública. Na sequência, seguiremos para o ato na Avenida Paulista”, disse o secretário de Comunicação do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, uma das 31 entidades que compõem a Frente em Defesa do SUS. Em Brasília, diversas categorias fazem assembleias a partir das 7h. Os professores fazem ato às 9h30 diante do Palácio do Buriti, sede do governo local. Às 14h, será realizado protesto unificado em defesa da classe trabalhadora na Câmara Legislativa. Uma concentração ampliada das frentes populares está prevista para as 16h, na Catedral, com caminhada até o Congresso Nacional. No Rio de Janeiro, uma passeata deve sair por voltas das 17h da Candelária em direção à Assembleia Legislativa, na Praça XV, pela Avenida Rio Branco. “Dia 22 de setembro, todos nós, trabalhadoras e trabalhadores, temos que estar nas ruas, dando um recado para esse governo golpista, dizendo que não vamos tolerar que mexam em nossos direitos”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. A ideia das centrais é que no dia 22 se inicie um processo mais amplo de construção de uma greve geral no país, caso seja necessário. “O diálogo frequente com os sindicatos e as bases tem sido importante para essa construção.” Bancários A greve nacional dos bancários, com data-base em 1º de setembro, chega hoje ao17º dia e já é tida por seus organizadores como a maior da história. Até agora, os bancos propõem reajuste de 7% e abono de R$ 3.300 – oferta recusada pelo Comando Nacional da categoria por não repor a inflação do período (9,62%) e ser incompatível com o desempenho dos bancos. Apesar da amplitude, o movimento tem sido ocultado pelos meios de comunicação e desrespeitado por entidades corporativas, como a Ordem dos Advogados do Brasil. A estaria movendo ações por meio de suas subseções estaduais com objetivo de criminalizar o movimento e impor multas aos sindicatos. Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), disse respeitar a OAB “pela sua história, mesmo nos momentos em que divergimos de suas posições”, lembrando a adesão da entidade tanto ao golpe de 1964 como o de 2016. “O cenário está realmente complexo e representa a instabilidade em que vivemos. A OAB interferiu na nossa greve, os bancos continuam acionando os famigerados interditos proibitórios para sufocar nosso movimento e os bancários e bancárias continuaram firmes. A Fenaban continua negando uma proposta decente e os trabalhadores e a população são penalizados. Lamentável a ausência de responsabilidade social que estamos enfrentando”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. Petroleiros A categoria, também com data-base em setembro, está preocupada com propostas de reajuste de 4,97%, retirada de direitos e de congelamento de salários apresentada pela Petrobras. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a direção da empresa comandada por Pedro Parente trabalha com o desmonte de direitos e com medidas como a venda subsidiárias, campos do pré-sal e outros ativos estratégicos como “salvação para a crise”. A orientação da federação dos petroleiros é reagir e iniciar a construção de uma nova greve nacional. O primeiro passo será dado na Operação Para Pedro, que será submetida à aprovação dos trabalhadores nas assembleias que começam nesta quinta-feira. A operação consiste no cumprimento rigoroso de todos os itens de segurança operacional e denúncia de quem descumprir ou assediar os trabalhadores. A FUP alerta que a saída de quase 20 mil petroleiros nos dois últimos programas de incentivo a demissões voluntárias (PIDV) aumentou os riscos de acidentes e mortes. Nas assembleias, serão votadas a rejeição da proposta apresentada pela Petrobras e subsidiárias; aprovação da Operação Para Pedro, de estado de greve e de assembleia permanente.



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