Cadastro do auxílio emergencial de R$ 600 começa a ser feito pelos Correios

Quase três meses após as críticas das falhas no aplicativo e dificuldades de quem não tem celular nem internet, governo decide que Correios farão cadastro do auxílio emergencial. Veja como fazer

Escrito por: Redação CUT • Publicado em: 10/06/2020 - 16:42 • Última modificação: 23/04/2022 - 15:18 Escrito por: Redação CUT Publicado em: 10/06/2020 - 16:42 Última modificação: 23/04/2022 - 15:18

O atendimento para fazer o cadastro para receber o auxílio emergencial de R$ 600,00 (R$ 1.200 para mães chefes de família) para quem não conseguiu acessar o pedido pela internet teve início nesta terça-feira (9), nas mais de 5.500 agências dos Correios do país.  

Foram precisos mais de três meses após o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e da reclamação de mais de 10 milhões de brasileiros que não conseguiram o acesso ao benefício para o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) entender que boa parte da população não tem acesso à internet ou os que têm não consegue usar a rede. O auxílio emergencial só poderia ser acessado pelo aplicativo Caixa disponível nos celulares do sistema Android  ou IOS  e ainda pelo site do banco .

Para fazer o cadastro gratuito nas Agências dos Correios é preciso levar o RG ou outro documento original com foto que conste o nome da mãe, o CPF do beneficiário e dos membros da família que dependem da renda do titular e dados bancários.  Se necessário, é possível abrir uma conta social digital com um documento de identificação com foto.

Importante ressaltar que o pagamento do benefício, depois de aprovado pela Dataprev, será feito somente pela Caixa. Cabe aos Correios apenas fazer o cadastro, definido por um calendário semanal de acordo com o mês de nascimento de quem vai pedir o beneficio.

Confira o calendário de atendimento nas agências dos Correios

 - nascidos em janeiro e fevereiro, às segundas-feiras;

- nascidos em março e abril, às terças-feiras;

- nascidos em maio e junho, às quartas-feiras;

- nascidos em julho, agosto e setembro, às quintas-feiras;

- nascidos em outubro, novembro e dezembro, às sextas-feiras.

O acompanhamento do pedido pode ser feito em qualquer  agência dos Correios ou ainda nos canais disponibilizados por Ministério da Cidadania, Dataprev e Caixa ou pelo telefone 121. Para isso basta ter em mãos o protocolo de atendimento que será entregue pelos Correios na hora do cadastro e o CPF.

Quem tem direito ao auxílio emergencial

Para ter direito ao auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional, é preciso ser trabalhador ou trabalhadora informal, microempreendedor individual (MEI), autônomo ou desempregado com mais 18 anos. As mães solo com menos de 18 anos também têm direito, desde que cumpram com os requisitos da lei, que são:

Não ter emprego formal, com carteira assinada, não ser servidor, nem ter trabalho temporário nem estar exercendo mandato eletivo;

Estar desempregado ou ser MEI

Ser contribuinte individual da Previdência Social;

Ser trabalhador informal inscrito no CadÚnico (Cadastro Único).

Para mais detalhes clique aqui 

Aglomeração e falta de equipamentos de proteção preocupam trabalhadores dos Correios

No primeiro dia de atendimento houve aglomeração de cerca de 600 pessoas, como mostra a foto acima, em uma das agências dos Correios na região de Campinas, cidade do interior de São Paulo, segundo denúncia recebida pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect-CUT), José Rivaldo da Silva, apesar do cronograma estabelecido pelo governo federal.

E isso preocupa o sindicalista porque os trabalhadores dos Correios, que prestam um serviço essencial à população, em especial a mais vulnerável, passam a correr mais riscos de contrair a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

“A gente sabe da importância social que tem essa medida para atender a necessidade das pessoas e entendemos o nosso papel, já que são os Correios que chegam aos rincões deste país, mas nos preocupa a possibilidade do aumento do contágio entre os trabalhadores, pois a direção dos Correios não tem disponibilizado equipamentos de proteção como recomenda a Organização Mundial de Saúde [OMS]”, denunciou o dirigente.

Segundo José Rivaldo, foi preciso o sindicato entrar na Justiça para que a empresa oferecesse máscaras, álcool em gel e luvas para os trabalhadores dos Correios, mas muitas agências ainda não instalaram as barreiras de acrílico para proteção tanto dos clientes como para os 30 mil atendentes das agências. Ao todo são 80 mil trabalhadores dos Correios na linha de frente se somarmos os 50 mil carteiros nas ruas do país. Ao todo são 94 mil trabalhadores na estatal.

“Apesar da decisão da Justiça, a empresa não oferece material suficiente. São duas máscaras por dia, quando a necessidade é de quatro, já que a OMS recomenda trocar a cada duas horas. Se pensarmos que são oito horas de trabalho, os Correios deveriam oferecer no mínimo quatro, sem contar a que o trabalhador tem de usar na ida e volta do trabalho”, diz José Rivaldo.

Outra preocupação do dirigente da Fentect-CUT é a falta de transparência da empresa que não divulga o número de trabalhadores infectados ou mortos pela Covid 19, alegando que é informação sigilosa. Até agora, segundo Rivaldo , se tem informação dos próprios trabalhadores de que foram 18 mortos, mas este número pode ser maior.

Saiba Mais

 

Título: Cadastro do auxílio emergencial de R$ 600 começa a ser feito pelos Correios, Conteúdo: O atendimento para fazer o cadastro para receber o auxílio emergencial de R$ 600,00 (R$ 1.200 para mães chefes de família) para quem não conseguiu acessar o pedido pela internet teve início nesta terça-feira (9), nas mais de 5.500 agências dos Correios do país.   Foram precisos mais de três meses após o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e da reclamação de mais de 10 milhões de brasileiros que não conseguiram o acesso ao benefício para o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) entender que boa parte da população não tem acesso à internet ou os que têm não consegue usar a rede. O auxílio emergencial só poderia ser acessado pelo aplicativo Caixa disponível nos celulares do sistema Android  ou IOS  e ainda pelo site do banco . Para fazer o cadastro gratuito nas Agências dos Correios é preciso levar o RG ou outro documento original com foto que conste o nome da mãe, o CPF do beneficiário e dos membros da família que dependem da renda do titular e dados bancários.  Se necessário, é possível abrir uma conta social digital com um documento de identificação com foto. Importante ressaltar que o pagamento do benefício, depois de aprovado pela Dataprev, será feito somente pela Caixa. Cabe aos Correios apenas fazer o cadastro, definido por um calendário semanal de acordo com o mês de nascimento de quem vai pedir o beneficio. Confira o calendário de atendimento nas agências dos Correios  - nascidos em janeiro e fevereiro, às segundas-feiras; - nascidos em março e abril, às terças-feiras; - nascidos em maio e junho, às quartas-feiras; - nascidos em julho, agosto e setembro, às quintas-feiras; - nascidos em outubro, novembro e dezembro, às sextas-feiras. O acompanhamento do pedido pode ser feito em qualquer  agência dos Correios ou ainda nos canais disponibilizados por Ministério da Cidadania, Dataprev e Caixa ou pelo telefone 121. Para isso basta ter em mãos o protocolo de atendimento que será entregue pelos Correios na hora do cadastro e o CPF. Quem tem direito ao auxílio emergencial Para ter direito ao auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional, é preciso ser trabalhador ou trabalhadora informal, microempreendedor individual (MEI), autônomo ou desempregado com mais 18 anos. As mães solo com menos de 18 anos também têm direito, desde que cumpram com os requisitos da lei, que são: Não ter emprego formal, com carteira assinada, não ser servidor, nem ter trabalho temporário nem estar exercendo mandato eletivo; Estar desempregado ou ser MEI Ser contribuinte individual da Previdência Social; Ser trabalhador informal inscrito no CadÚnico (Cadastro Único). Para mais detalhes clique aqui  Aglomeração e falta de equipamentos de proteção preocupam trabalhadores dos Correios No primeiro dia de atendimento houve aglomeração de cerca de 600 pessoas, como mostra a foto acima, em uma das agências dos Correios na região de Campinas, cidade do interior de São Paulo, segundo denúncia recebida pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect-CUT), José Rivaldo da Silva, apesar do cronograma estabelecido pelo governo federal. E isso preocupa o sindicalista porque os trabalhadores dos Correios, que prestam um serviço essencial à população, em especial a mais vulnerável, passam a correr mais riscos de contrair a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. “A gente sabe da importância social que tem essa medida para atender a necessidade das pessoas e entendemos o nosso papel, já que são os Correios que chegam aos rincões deste país, mas nos preocupa a possibilidade do aumento do contágio entre os trabalhadores, pois a direção dos Correios não tem disponibilizado equipamentos de proteção como recomenda a Organização Mundial de Saúde [OMS]”, denunciou o dirigente. Segundo José Rivaldo, foi preciso o sindicato entrar na Justiça para que a empresa oferecesse máscaras, álcool em gel e luvas para os trabalhadores dos Correios, mas muitas agências ainda não instalaram as barreiras de acrílico para proteção tanto dos clientes como para os 30 mil atendentes das agências. Ao todo são 80 mil trabalhadores dos Correios na linha de frente se somarmos os 50 mil carteiros nas ruas do país. Ao todo são 94 mil trabalhadores na estatal. “Apesar da decisão da Justiça, a empresa não oferece material suficiente. São duas máscaras por dia, quando a necessidade é de quatro, já que a OMS recomenda trocar a cada duas horas. Se pensarmos que são oito horas de trabalho, os Correios deveriam oferecer no mínimo quatro, sem contar a que o trabalhador tem de usar na ida e volta do trabalho”, diz José Rivaldo. Outra preocupação do dirigente da Fentect-CUT é a falta de transparência da empresa que não divulga o número de trabalhadores infectados ou mortos pela Covid 19, alegando que é informação sigilosa. Até agora, segundo Rivaldo , se tem informação dos próprios trabalhadores de que foram 18 mortos, mas este número pode ser maior. Saiba Mais Combate ao coronavírus reforça necessidade do serviço público Entenda como a privatização dos Correios vai afetar a sua vida  



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