Bahia: Paquetá demite em massa e deixa trabalhadores sem FGTS
SINDICAL promove protesto
Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 18/05/2020 - 10:13 • Última modificação: 18/05/2020 - 10:28 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 18/05/2020 - 10:13 Última modificação: 18/05/2020 - 10:28Divulgação
Ipirá - O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados, SINDICAL, realizou um protesto em frente a fábrica da Paquetá nesta sexta sexta-feira, 15. Foi o segundo ato em defesa dos direitos dos mais de 300 demitidos e pelo acesso imediato ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de cerca de 260 trabalhadores. Segunda a presidenta da entidade, Arlete Silva, a maioria dos demitidos tiveram o recurso bloqueado junto à Caixa Econômica Federal em razão da empresa se utilizar do Decreto de Estado de Emergência e denominar as demissões por razão de força maior.
“É um momento em que os trabalhadores mais precisam desse recurso para a sobrevivência e a empresa agiu de má fé ao usar um dispositivo que, embora legal, sabia que iria prejudicar muito os demitidos e demitidas”, ressaltou Arlete.
Apoio público
Após o ato, os trabalhadores liderados pelo Sindicato realizaram uma passeata até a sede administrativa do município e solicitaram apoio do prefeito Marcelo Brandão. O secretário de Administração Geral, Sandro Cintra, se comprometeu em apelar à empresa que atenda as reivindicações dos trabalhadores.
Câmara de Vereadores
Arlete destaca também a importância da participação do poder legislativo do município na mobilização. "Os vereadores de Ipirá aprovaram a prorrogaçaõ de uma Lei que garante a insenção de impostos para a Paquetá. Nada mais justo que cobrar responsabilidade social da empresa", ressalta.
Reivindicações
O Sindicato reivindica que a empresa mude o código da demissão. Segundo a Caixa Econômica Federal, é a única forma de liberar o FGTS dos trabalhadores, mas a empresa preferiu levar o impasse à Justiça, o que pode fazer com o pagamento demore ainda mais.
Outra questão, segundo Arlete, é o fato da empresa não ter pago corretamente as rescisões de contrato. “Foi pago pela metade e parcelado”, denuncia a sindicalista.
Assista trecho do Ato dos trabalhadores/as da Paquetá AQUI