Ausência de acordo traz ameaça de demissão aos trabalhadores da Santista Têxtil de Sergipe

Reunião realizada em 5/10 entre Sindicato, empresa e ministério para discutir propostas de diminuir em 40% a produção terminou sem avanços e com a possibilidade de demissões

Escrito por: CNTV CUT • Publicado em: 04/10/2012 - 13:54 Escrito por: CNTV CUT Publicado em: 04/10/2012 - 13:54

Atualizada em 06 de outubro de 2012

A paralisação parcial de uma semana (do dia 1º a 6 de outubro) da Santista Têxtil, as propostas de diminuir em 40% a produção e de parar toda a fábrica, dando licença não remunerada para 60 funcionários, foram alguns dos pontos que o  Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Sergipe (Sinditêxtil) e  a direção  da empresa debateram na reunião realizada sexta-feira, passada, 5/10, no Ministério do Trabalho, sem chegar a acordo algum.

 

A princípio, a proposta da empresa foi para que individualmente, ao longo de um período de 80 dias de trabalho, trabalhadores formando grupos de cerca de 40 pessoas tivessem 20 dias de folga. Desse total, 5 dias a empresa colocaria em banco de horas, mais 5 em abono e 10 dias seriam dados como licença não remunerada, sendo que mesmo assim a empresa não deixaria de pagar o salário dos trabalhadores. 

O Sindicato propôs que, dos 20 dias de folga, a empresa abonasse 10 dias folga do trabalhador e os outros 10 dias iriam para o banco de horas, sendo que a empresa ainda se comprometeria a manter a estabilidade de todos os trabalhadores.

De acordo com o presidente do Sinditextil, Giseldo Santos, por conta do impasse, há a possibilidade de que cerca de 60 a 80 trabalhadores sejam demitidos já a partir da próxima semana. "A empresa não quis negociar a questão do reajuste de salário e a estabilidade. Eles disseram que se não houvesse um acordo, demissões teriam que acontecer para tentar equilibrar a produção. Na segunda-feira, 8, haverá uma reunião com os trabalhadores da empresa, e quem vai me garantir que, ao aceitarem o que a empresa quer, eles iriam manter os trabalhadores na empresa?", questionou Giseldo, acrescentando que a empresa vai manter a redução da produção e que, por isso, haverá redução da quantidade de trabalhadores.

Ainda segundo Gilsedo Santos, assim como a empresa, o Sindicato se coloca à disposição para voltar a negociar. Até ontem, sábado, 6/10, a Santista estava paralisada, retornando as atividades na segunda-feira, 8.

 

De acordo com o presidente do Sinditêxtil, Giseldo Santos, a fábrica já deu férias coletivas e fez diversas pausas no período de uma semana tentando resolver o problema, mas desta vez querem parar 20 dias em outubro, com  mais 20 em dezembro e outros  20 em janeiro. “Não podemos aceitar que a empresa pare este período e dê licença sem remuneração por 20 dias no mês. O salário já é pouco e o trabalhador terá que viver com o equivalente a 10 dias do seu  salário”, argumenta.

O sindicalista informa que cerca de 800 funcionários já foram demitidos pela Santista em todo país e 25 em Sergipe. “A explicação dada é que existe uma crise no setor vestuário no Brasil. Em Sergipe a indústria só trabalha com tecido para fardamento. Ela tinha 70% do seu mercado e hoje só tem um pouco mais de 25%. O motivo desta queda é a concorrência que consegue fazer o produto com preço menor”, explica.

Título: Ausência de acordo traz ameaça de demissão aos trabalhadores da Santista Têxtil de Sergipe, Conteúdo: Atualizada em 06 de outubro de 2012 A paralisação parcial de uma semana (do dia 1º a 6 de outubro) da Santista Têxtil, as propostas de diminuir em 40% a produção e de parar toda a fábrica, dando licença não remunerada para 60 funcionários, foram alguns dos pontos que o  Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Sergipe (Sinditêxtil) e  a direção  da empresa debateram na reunião realizada sexta-feira, passada, 5/10, no Ministério do Trabalho, sem chegar a acordo algum.   A princípio, a proposta da empresa foi para que individualmente, ao longo de um período de 80 dias de trabalho, trabalhadores formando grupos de cerca de 40 pessoas tivessem 20 dias de folga. Desse total, 5 dias a empresa colocaria em banco de horas, mais 5 em abono e 10 dias seriam dados como licença não remunerada, sendo que mesmo assim a empresa não deixaria de pagar o salário dos trabalhadores.  O Sindicato propôs que, dos 20 dias de folga, a empresa abonasse 10 dias folga do trabalhador e os outros 10 dias iriam para o banco de horas, sendo que a empresa ainda se comprometeria a manter a estabilidade de todos os trabalhadores. De acordo com o presidente do Sinditextil, Giseldo Santos, por conta do impasse, há a possibilidade de que cerca de 60 a 80 trabalhadores sejam demitidos já a partir da próxima semana. "A empresa não quis negociar a questão do reajuste de salário e a estabilidade. Eles disseram que se não houvesse um acordo, demissões teriam que acontecer para tentar equilibrar a produção. Na segunda-feira, 8, haverá uma reunião com os trabalhadores da empresa, e quem vai me garantir que, ao aceitarem o que a empresa quer, eles iriam manter os trabalhadores na empresa?", questionou Giseldo, acrescentando que a empresa vai manter a redução da produção e que, por isso, haverá redução da quantidade de trabalhadores. Ainda segundo Gilsedo Santos, assim como a empresa, o Sindicato se coloca à disposição para voltar a negociar. Até ontem, sábado, 6/10, a Santista estava paralisada, retornando as atividades na segunda-feira, 8.   De acordo com o presidente do Sinditêxtil, Giseldo Santos, a fábrica já deu férias coletivas e fez diversas pausas no período de uma semana tentando resolver o problema, mas desta vez querem parar 20 dias em outubro, com  mais 20 em dezembro e outros  20 em janeiro. “Não podemos aceitar que a empresa pare este período e dê licença sem remuneração por 20 dias no mês. O salário já é pouco e o trabalhador terá que viver com o equivalente a 10 dias do seu  salário”, argumenta. O sindicalista informa que cerca de 800 funcionários já foram demitidos pela Santista em todo país e 25 em Sergipe. “A explicação dada é que existe uma crise no setor vestuário no Brasil. Em Sergipe a indústria só trabalha com tecido para fardamento. Ela tinha 70% do seu mercado e hoje só tem um pouco mais de 25%. O motivo desta queda é a concorrência que consegue fazer o produto com preço menor”, explica.



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