Acabar com a desigualdade: responsabilidade de homens e mulheres

CNTV, representada pela presidente Cida Trajano, participa de Seminário da CUT-SP e ato público no centro de São Paulo

Escrito por: Gislene Madarazo • Publicado em: 12/03/2013 - 15:35 Escrito por: Gislene Madarazo Publicado em: 12/03/2013 - 15:35

Na manhã do 8 de Março, a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP promoveu no Sindicato dos Bancários de São Paulo o seminário História de Luta por Igualdade na Vida, no Mundo do Trabalho, no Movimento Sindical e a Paridade na CUT.

Na mesa que tratou do papel do Estado na promoção da igualdade, a secretária de políticas para as mulheres de Santo André, Silmara Conchão, alertou para o caráter político das manifestações do 8 de Março. “A diferença biológica entre homens e mulheres é natural, a desigualdade social é que não é. Essa ordem precisa ser desorganizada e para isso é bom lembrar que a luta pelos nossos direitos é apartidária, mas política. Por isso precisamos lembrar de onde veio e para que serve o 8 de março".

Secretária de Políticas para as Mulheres da cidade de São Paulo, Denise Motta Dau falou sobre programas recém-lançados em parceria com as secretarias municipais de transporte, assistência social, habitação, serviços e saúde que beneficiam as mulheres. Ex-dirigente da CUT, ela reforçou também a bandeira histórica das cutistas de defender que a luta seja intersetorial. “As demandas das mulheres são classistas e não só da secretaria. As políticas precisam estar organizadas e permear todas as ações da Central".

Paridade não é só número
Um dos eixos dessa luta é a paridade na direção da CUT e suas entidades, aprovada no último congresso e tema da intervenção de Rosane Silva. “A paridade não é só um número, tem que ter política junto, um conjunto de outras medidas. Deve haver formação para que tenhamos à frente mulheres feministas defendendo a nossa agenda. E as entidades devem pensar como fazem a política sindical, as assembleias, porque muitas vezes organizam reuniões e não pensam nas mulheres, que não têm com quem deixar os filhos. Isso também deve ser observado".
 
Ato reúne cerca de 5 mil no centro de São Paulo
Após o Seminário, todos que participaram seguiram para a passeata que saiu da Praça da Sé até a Praça Ramos, centro de São Paulo, para o ato público do Dia Internacional da Mulher. Este ano, a pauta da CUT e dos movimentos sociais destacou oito eixos:

 

1. Descriminalização e legalização do aborto;

2. Salário igual para trabalho igual;

3. Participação política e poder paritário;

4. Garantia de direitos para as trabalhadoras domésticas;

5. Fim de todas as formas de violência contra a mulher;

6. Compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados;

7. Creches públicas, de qualidade e de período integral; e

10. Contra a mercantilização dos nossos corpos e de nossas vidas.

“As mulheres estão hoje nas ruas para lutar pela divisão do poder e das responsabilidades familiares com os homens, queremos uma sociedade em que possamos caminhar lado a lado, sem discriminações e desigualdades”, comentou a presidente Cida Trajano.

Foto: Dino Santos

Com informações de Luiz Carvalho (CUT)

Título: Acabar com a desigualdade: responsabilidade de homens e mulheres, Conteúdo: Na manhã do 8 de Março, a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP promoveu no Sindicato dos Bancários de São Paulo o seminário História de Luta por Igualdade na Vida, no Mundo do Trabalho, no Movimento Sindical e a Paridade na CUT. Na mesa que tratou do papel do Estado na promoção da igualdade, a secretária de políticas para as mulheres de Santo André, Silmara Conchão, alertou para o caráter político das manifestações do 8 de Março. “A diferença biológica entre homens e mulheres é natural, a desigualdade social é que não é. Essa ordem precisa ser desorganizada e para isso é bom lembrar que a luta pelos nossos direitos é apartidária, mas política. Por isso precisamos lembrar de onde veio e para que serve o 8 de março". Secretária de Políticas para as Mulheres da cidade de São Paulo, Denise Motta Dau falou sobre programas recém-lançados em parceria com as secretarias municipais de transporte, assistência social, habitação, serviços e saúde que beneficiam as mulheres. Ex-dirigente da CUT, ela reforçou também a bandeira histórica das cutistas de defender que a luta seja intersetorial. “As demandas das mulheres são classistas e não só da secretaria. As políticas precisam estar organizadas e permear todas as ações da Central". Paridade não é só número Um dos eixos dessa luta é a paridade na direção da CUT e suas entidades, aprovada no último congresso e tema da intervenção de Rosane Silva. “A paridade não é só um número, tem que ter política junto, um conjunto de outras medidas. Deve haver formação para que tenhamos à frente mulheres feministas defendendo a nossa agenda. E as entidades devem pensar como fazem a política sindical, as assembleias, porque muitas vezes organizam reuniões e não pensam nas mulheres, que não têm com quem deixar os filhos. Isso também deve ser observado".   Ato reúne cerca de 5 mil no centro de São Paulo Após o Seminário, todos que participaram seguiram para a passeata que saiu da Praça da Sé até a Praça Ramos, centro de São Paulo, para o ato público do Dia Internacional da Mulher. Este ano, a pauta da CUT e dos movimentos sociais destacou oito eixos:   1. Descriminalização e legalização do aborto; 2. Salário igual para trabalho igual; 3. Participação política e poder paritário; 4. Garantia de direitos para as trabalhadoras domésticas; 5. Fim de todas as formas de violência contra a mulher; 6. Compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados; 7. Creches públicas, de qualidade e de período integral; e 10. Contra a mercantilização dos nossos corpos e de nossas vidas. “As mulheres estão hoje nas ruas para lutar pela divisão do poder e das responsabilidades familiares com os homens, queremos uma sociedade em que possamos caminhar lado a lado, sem discriminações e desigualdades”, comentou a presidente Cida Trajano. Foto: Dino Santos Com informações de Luiz Carvalho (CUT)



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