8 de março: Mulheres por democracia, autonomia e trabalho digno

Escrito por Regina Lessa, Secretária da Mulher Trabalhadora da CNTRV

Escrito por: Regina Lessa • Publicado em: 08/03/2023 - 14:35 • Última modificação: 08/03/2023 - 14:42 Escrito por: Regina Lessa Publicado em: 08/03/2023 - 14:35 Última modificação: 08/03/2023 - 14:42

Arte: Diego Orejuela

No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Mas quais as origens para a escolha desta data?

O primeiro registro de concepção de um dia dedicado à luta das mulheres partiu da feminista marxista alemã, Clara Zetkin, em 1910, durante a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, na Dinamarca. Se fizermos uma linha do tempo das primeiras mobilizações que surgiram ao redor do mundo, aconteceram várias manifestações nos Estados Unidos e na Europa, onde milhares de mulheres trabalhadoras marcharam nas ruas por melhores condições de trabalho e de vida.

Na época, as jornadas chegavam a 16h por dia, seis dias por semana e, por vezes, incluíam os domingos.

A unificação do 8 de março - como Dia Internacional das Mulheres – aconteceu em 1921, durante a Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscou. Na ocasião, as mulheres decidiram adotar o dia 8 de março como Dia Internacional das Mulheres, em homenagem à greve das tecelãs em 1917.

Infelizmente, muitas vezes no “Dia da Mulher” compram-se flores e presentes esquecendo o caráter reivindicatório por direitos e autonomia econômica. Patrões opressores fazem cartazes declaratórios para as trabalhadoras e, no dia seguinte, as práticas desiguais continuam no chão da fábrica.


Nas crises, as mulheres são as primeiras a terem os trabalhos precarizados com redução de salários e direitos, aumentando ainda mais a exploração e, na maioria das vezes, são as primeiras a serem cortadas dos postos de trabalho. Chega de desigualdades! A data deve ser visibilizada como um dia de lutas para a reivindicação de igualdade de gêneros e oportunidades de trabalho, por mais direitos, por salários juntos, contra todos os tipos de opressões e assédios.

 

Basta de machismo!


Nos últimos anos, como agravantes, tivemos um governo golpista e outro fascista que não priorizaram o combate à violência contra as mulheres e políticas públicas eficazes contra as desiguales de gênero. Precisamos virar a página do retrocesso e retomar o caminho de inclusão de políticas públicas e proteção das mulheres contra a violência, o machismo e o patriarcado.


Se você foi vítima de assédio moral ou sexual no ambiente de trabalho, não se cale!

A Secretaria da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV), orienta todas as trabalhadoras e denunciarem todo e qualquer ciclo de violência. Juntas somos diversas e mais fortes! Viva a luta das mulheres!


A autora, Regina Lessa,  é Secretária da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT.

Título: 8 de março: Mulheres por democracia, autonomia e trabalho digno, Conteúdo: No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Mas quais as origens para a escolha desta data? O primeiro registro de concepção de um dia dedicado à luta das mulheres partiu da feminista marxista alemã, Clara Zetkin, em 1910, durante a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, na Dinamarca. Se fizermos uma linha do tempo das primeiras mobilizações que surgiram ao redor do mundo, aconteceram várias manifestações nos Estados Unidos e na Europa, onde milhares de mulheres trabalhadoras marcharam nas ruas por melhores condições de trabalho e de vida. Na época, as jornadas chegavam a 16h por dia, seis dias por semana e, por vezes, incluíam os domingos. A unificação do 8 de março - como Dia Internacional das Mulheres – aconteceu em 1921, durante a Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscou. Na ocasião, as mulheres decidiram adotar o dia 8 de março como Dia Internacional das Mulheres, em homenagem à greve das tecelãs em 1917. Infelizmente, muitas vezes no “Dia da Mulher” compram-se flores e presentes esquecendo o caráter reivindicatório por direitos e autonomia econômica. Patrões opressores fazem cartazes declaratórios para as trabalhadoras e, no dia seguinte, as práticas desiguais continuam no chão da fábrica. Nas crises, as mulheres são as primeiras a terem os trabalhos precarizados com redução de salários e direitos, aumentando ainda mais a exploração e, na maioria das vezes, são as primeiras a serem cortadas dos postos de trabalho. Chega de desigualdades! A data deve ser visibilizada como um dia de lutas para a reivindicação de igualdade de gêneros e oportunidades de trabalho, por mais direitos, por salários juntos, contra todos os tipos de opressões e assédios.   Basta de machismo! Nos últimos anos, como agravantes, tivemos um governo golpista e outro fascista que não priorizaram o combate à violência contra as mulheres e políticas públicas eficazes contra as desiguales de gênero. Precisamos virar a página do retrocesso e retomar o caminho de inclusão de políticas públicas e proteção das mulheres contra a violência, o machismo e o patriarcado. Se você foi vítima de assédio moral ou sexual no ambiente de trabalho, não se cale! A Secretaria da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV), orienta todas as trabalhadoras e denunciarem todo e qualquer ciclo de violência. Juntas somos diversas e mais fortes! Viva a luta das mulheres! A autora, Regina Lessa,  é Secretária da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT.



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