Muitas pessoas que, como eu, ajudaram a construir o PT, devem estar se perguntando: Valeu a pena? Esta resposta dever ser antecedida de outra pergunta: por que decidi ajuda-lo? Foram três motivos: crer que a evolução de uma sociedade depende da educação do seu povo; que um país com milhões de miseráveis não tem futuro; e considerar que o combate à corrupção é um dever público.
Na Educação, os pobres tiveram um avanço espetacular: os governos Lula/Dilma dobraram o número de alunos nas universidades federais e criaram o Prouni, que paga até 100% das mensalidades em universidades privadas para 203.602 estudantes comprovadamente pobres. O programa Ciência Sem Fronteiras possibilitou que estudantes pobres aperfeiçoem seus estudos no exterior.
Sobre a diminuição de desigualdades, um bom indicativo é o salário mínimo. Em dezembro de 2002, era de 55 dólares; hoje é de 239 dólares – que, segundo o Dieese, compram os mesmos produtos básicos que se comprova em 2002, e sobram 40% do salário!
Os programas sociais dos governos Lula/Dilma tiraram 30 milhões de brasileiros da extrema pobreza e o país saiu do “mapa da fome” da ONU.
No combate à corrupção (mal que sempre existiu nos órgãos públicos), para se saber se houve melhorias desde que Lula assumiu, é preciso entender: quem tem poderes para investigar a corrupção no governo federal e ingressar com processo no Judiciário é o Procurador Geral da República – atualmente Rodrigo Janot. E quem indica o Procurador-Geral? O presidente da República! Então, Lula e Dilma indicaram os procuradores-gerais que investigaram a corrupção do “mensalão” e do “petróleo”, em que diversos petistas estão envolvidos? Sim!
É por isso que acho que valeu a pena ter ajudado o PT.
Milton Fagundes é advogado da Federação Solidário dos Sapateiros do Rio Grande do Sul