Dia 12 de abril ocorreu a eleição da sociedade civil para composição do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). A CUT, através de sua Secretaria Nacional de Juventude, confirmou mais uma vez o acerto da opção estratégica da Central em construir a unidade com os movimentos sociais de juventude.
A atuação da Juventude da CUT nos Festivais Latino-Americanos das Juventudes e na 2ª Conferência Nacional de Juventude (ocorridos no ano passado) consolidou a ação unitária dos principais movimentos juvenis do país. A CUT protagonizou a construção de um campo de movimentos.
Aprovamos, na 2ª Conferência, todas as propostas apresentadas por nós. Da aliança entre a juventude trabalhadora e os demais movimentos, surgiu a defesa da democratização da eleição do Conjuve, Propomos um método eleitoral que combatesse a fragmentação dos movimentos e que fortalecesse a participação de organizações nacionais, enraizadas politicamente nas diversas regiões do país. O método aprovado permitiu a construção de alianças políticas, conformando um campo de movimentos que possuem grande afinidade sobre o desenvolvimento do país e o papel da juventude – vide a resolução da Conferência (disponível em www.juventude.gov.br).
O contexto atual é de grande afinidade com quem coordenou todos esses processos. À frente da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal, está a companheira Severine Macedo, que foi membro do Coletivo Nacional de Juventude da CUT. Na presidência do Conjuve, está o companheiro Gabriel Medina, do Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis, rede que conta com a participação da CUT, São aliados fundamentais para o sucesso de uma política nacional de juventude construída com grande participação.
A nova composição do conselho é, portanto, consequência vitoriosa do campo que a CUT empenhou-se em construir na 2ª Conferência Nacional de Juventude. Prova disso é que a composição eleita do Conjuve é composta pelos movimentos que historicamente constroem política de juventude mas é muito mais representativo, particularmente, da diversidade da juventude brasileira: trabalhadores/as do campo, quilombolas, indígenas, militantes de pastorais e de religiões de matriz africana, e uma maior diversidade de redes e entidades de apoio.
A CUT saiu ainda mais fortalecida desta eleição. Somos a única Central Sindical com cadeira cheia (titularidade e suplência), além de elegermos entidades que compõem o Coletivo Nacional de Juventude da CUT: CNTE, CONTAG e FETRAF. Somada à vitória efetiva destas, o número expressivo de entidades CUTistas habilitadas ao conselho (CNTE, CONTAC e CONFETAM), demonstra o acerto da política da nossa Central em incentivar e fortalecer a organização de juventude nos ramos.
O novo Conjuve terá maior capacidade política de pressionar o governo a implementar as resoluções da 2ª Conferência Nacional de Juventude, pois é formado por aquelas organizações que, com elevado grau de unidade, elaboraram e garantiram a aprovação destas. Isso será fundamental para avançar em direitos para toda juventude, e em especial para implementação da Agenda Nacional de Trabalho Decente para Juventude.
O Conjuve consolida-se como importante espaço de participação democrática da juventude brasileira. A responsabilidade da sua nova composição é ir adiante do que foi construído até agora. Continuar e avançar na unidade dos movimentos juvenis é uma tarefa que deve orientar a luta por um Brasil com desenvolvimento sustentável, participação popular, distribuição de renda e valorização do trabalho.
Com a certeza de que, quando a política é acertada, o resultado é muito positivo, convocamos toda a juventude trabalhadora a este grande desafio!