A primeira semana de outubro foi marcada por manifestações de trabalhadores de várias partes do mundo. O dia 7 de outubro foi celebrado como o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário, um marco organizado pela IndustriALL Global Union, a federação mundial que representa metalúrgicos, químicos e trabalhadores na indústria têxtil.
Neste ano, as mobilizações pelo mundo teve como objetivo resgatar princípios fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), reivindicando a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, ampliação da oferta do primeiro emprego e de qualificação ao jovem, garantia de emprego digno com carteira assinada, respeito à organização sindical, combate ao trabalho infantil e escravo, igualdade de direito entre homens e mulheres e o fim da discriminação de gênero, raça ou orientação sexual.
No Brasil, as Confederações vinculadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), como a CNTV, CNM, CNQ, CONTICOM e CONTAC, foram às ruas no dia 03 de outubro, em conjunto com os movimentos sociais e sindical. Os atos foram também organizado pela Comissão Organizadora da Frente Brasil Popular, a Central de Movimentos Populares, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a Coordenação Nacional de Entidades Negras, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e União Nacional dos Estudantes.
Em um manifesto aberto, os organizadores do ato clamaram mudanças na política econômica no Brasil para uma nova forma de enfrentamento da crise. “A conta da crise não pode ser jogada nos ombros dos trabalhadores e trabalhadoras. As medidas do ajuste fiscal não devem onerar a classe trabalhadora, muito menos retirar recursos da educação, saúde, do PAC e do Minhas Casa, Minha Vida”, apontava o texto. “Repudiamos qualquer ataque aos direitos sociais e dos trabalhadores e trabalhadoras”, bradaram os manifestantes da Frente Popular.
Na capital paulista, lideranças da IndustriALL e da CNQ participaram de uma assembleia de protesto com os trabalhadores e trabalhadoras do turno da tarde da empresa CBC, em Ribeirão Pires, organizada pelo Sindicato dos Químicos do ABC. A presidenta da CNQ, Lucineide Varjão, também falou aos trabalhadores(as) da CBC, empresa de armas, durante a manifestação. Lucineide pediu a todos os trabalhadores formais que demonstrassem sua solidariedade aos terceirizados da empresa.
Na região nordeste, houve manifestações em sindicatos e confederações , com destaque para as atividades de panfletagem e mobilização do SINDTÊXTIL no Rio Grande do Norte e também do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Paulista em Pernambuco.
No sul, destaque para a panfletagem e mobilização da Federação Democrática do RS e Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga e Nova Hartz.
As imagens das manifestações pelo Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário podem ser visualizadas na página da CNTV/CUT no Facebook.