BALANÇO: Ação solidária do ramo vestuário da CUT atinge mais de 4 mil pessoas em todo o país

11/08/2020 - 13:17

Cestas básicas foram distribuídas em parceria com os sindicatos filiados em diversas regiões

                Com participação de 12 entidades nas regiões nordeste, sul e sudeste, a Ação Solidária do Ramo Vestuário da CUT, desenvolvida em parceria com o Solidarity Center, atingiu 4.299 pessoas por meio da distribuição de 1.221 cestas básicas de alimento ou cestas de materiais higiênicos. “Não temos dúvida que a ação contribuiu para que muitas famílias superassem momentos difíceis diante da crise gerada pela pandemia”, afirma Cida Trajano, presidenta licenciada da CNTRV.

                As entidades participantes organizaram a distribuição de acordo com a realidade local. Dessa forma, em algumas cidades a ação contemplou moradores de comunidades carentes, enquanto que em outras a prioridade foi trabalhadores e trabalhadoras do ramo vestuário que ficaram sem emprego durante pandemia.

 

Mulheres

                Em Novo Hamburgo (RS), a ação teve o objetivo de atingir as mulheres que são chefes de família. “Muitas trabalhadoras já estavam desempregadas e diante da pandemia não enxergam solução para os problemas econômicos”, aponta Roberta Tatiana dos Santos, coordenadora da Secretaria de Mulheres  do Sindicato local dos sapateiros/as.

Mulheres trans foram alvo da ação em Sorocaba. “A falta de emprego ou o medo de ficar sem trabalho em plena pandemia é algo que atinge todas as mulheres, mas as pessoas transgêneras sempre enfrentaram um grau superior de falta de oportunidades e neste momento estão ainda mais vulneráveis à pobreza”, esclarece Paula Proença, presidenta da Sindicato.

Futuro incerto

                O Brasil é um dos países com maior índice de contágio e mortes por coronavírus no mundo e os números apontam para um futuro ainda mais trágico. “Estamos por volta das 100 mil mortes e a cada dia os índices são piores. Mesmo nos Estados onde o contágio permanece estável, como São Paulo, por exemplo, os trabalhadores estão cada dia mais vulneráveis física e economicamente e isso preocupa as entidades sindicais”, expressa Trajano.

 

                Já o governo federal continua promovendo desinformação sem apresentar mediadas realmente eficazes tanto para o combate da pandemia, quanto para a superação da crise econômica. “A prorrogação do auxílio emergencial foi uma conquista do movimento sindical articulado com o Congresso, mas o desemprego e a situação econômica do país não vislumbram saída a curto prazo. Invés de garantias sociais, o governo Bolsonaro promove uma nova onda de retirada de direitos como resposta à crise”, analisou a sindicalista.

PARA SABER MAIS CLIQUE AQUI