Incentivo à pesquisa, qualificação de mão-de-obra e intercâmbio cultural com grandes centros, em especial com a China, são os principais pontos para colocar o setor têxtil brasileiro em condições de competitividade no mercado mundial.
A invasão asiática não deve ser vista como elemento inibidor e sim como incentivador para a busca de soluções comerciais. A recomendação é de Hélvio Roberto Pompeo Madeira, presidente da Fcem, empresa responsável pela 13ª Febratex (Feira Brasileira para a Indústria Têxtil), inaugurada nesta terça-feira no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC), evento que deve receber até sexta-feira algo entre 95/100 mil visitantes aos 400 estandes expondo 1.400 máquinas, com previsão de faturamento da ordem de R$ 1,3 bilhão.
Para o presidente da Fcem, o mercado têxtil brasileiro conseguiu ultrapassar o cenário adverso verificado em 2011, quando o setor ficou praticamente estagnado.
Após afirmar que "hoje vá se pode vislumbrar uma situação mais favorável" defendeu a procura por centros universitários dentro do próprio país que permitam condições produtivas mais competitivas.
Como exemplo, citou a região Nordeste já representa 40% do setor de impressão digital em tecidos no Brasil. Para justificar ainda mais a adoção de políticas desenvolvimentistas para o setor têxtil necessárias a conquista de novos mercados, Madeira informou que 99% da produção brasileira vão diretamente para o consumo interno.
Mas mostrou-se preocupado com o fato de que 90% das máquinas em uso são importadas. "Torna-se necessária uma maior integração entre as empresas e os centros acadêmicos para o desenvolvimento de projetos e aprimoramento profissional", ressaltou.
Fonte: Monitor Digital