O cenário político na América Latina não é dos melhores. Além do Brasil, outros países como Argentina e Venezuela encontram dificuldades para superar crises políticas e garantir direitos à classe trabalhadora. Mas, afinal, o que está por trás dos embates políticos nestes países? Por que a crise econômica tem sido aprofundada pela disputa de poder, principalmente contra governos progressistas? Estas e outras questões foram debatidas durante a abertura do Seminário "Os Desafios da Ação Frente às Multinacionais na Atual Conjuntura" que aconteceu nesta quinta, 14, na cidade de São Paulo. Representantes das Confederações cutistas dos ramos Vestuário, Químicos, Construção e Metalúrgicos, além do representante da Union Obrera Metalurgica da Argentina, Eduardo Paladin, avaliaram a conjuntura política na América Latina e o comportamento de empresas multinacionais frente à este cenário.
Para o Secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, o que está por trás da iniciativa da classe dominante em ameaçar a democracia de países como o Brasil é a mão do imperialismo americano, já que os Estados Unidos são um dos principais países interessados na desnacionalização das empresas brasileiras e de outras nações latino-americanas. Quintino chamou a atenção dos participantes para o papel da CUT em defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras não só do Brasil, mas de todo o mundo. “Precisamos fortalecer ainda mais a solidariedade entre o movimento sindical internacional”, avaliou.
Cida Trajano, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo do Vestuário (CNTRV), relembrou as conquistas que o governo popular trouxe, desde 2002, para as crianças, idosos, trabalhadores, estudantes e tantas outras políticas sociais que alimentou o sonho do brasileiro. Qualidade de vida através do programa Minha Casa, Minha Vida, que deu a milhares de famílias a possibilidade da casa própria. O programa Bolsa Família, que incide diretamente nas futuras gerações de jovens. "Agora, após 12 anos de avanços, a população não pode ir contra suas próprias conquistas", ponderou. "Conquistas viabilizadas por um governo pautado na democracia e nas reivindicações populares".