No dia 19 de fevereiro, a Câmara dos Deputados promete votar a Reforma da Previdência que colocará fim ao direito à aposentadoria. Como resposta, as principais centrais sindicais do país (CUT, CSB, CTB, Força Sindical, Nova Central, UGT e Intersindical) decidiram, em reunião realizada nesta quarta-feira, 31, intensificar a jornada de lutas em defesa da Previdência e do direito à aposentadoria.
Em todo o país serão realizados protestos, paralisações, assembleias com os trabalhadores/as, panfletagens e conversas com os deputados e deputadas, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). A agenda será permanente até que a Câmara retire a Reforma da pauta. Em 19 de fevereiro será realizado o Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência.
Enquanto isso, Temer e seus aliados, dentre eles o apresentador e dono da concessão pública do canal de TV transmissor do SBT, Silvio Santos, seguem com propagandas enganosas na tentativa de convencer a população que uma Reforma da Previdência que retira o direito à aposentadoria é a única forma de salvar o INSS, argumento amplamente contestado pela CPI da Previdência, cujos resultados confirmam: “a Previdência pública brasileira não é deficitária”. A CPI apontou ainda uma dívida à Previdência, gerada por empresas privadas, no valor aproximado de R$ 450 bi.
Paralisações
O tema central da jornada de lutas é “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”, numa clara referência de que os sindicatos devem realizar assembleias para dialogar com os trabalhadores sobre a importância das paralisações como forma de pressionar os parlamentares.
Ano eleitoral
Em ano eleitoral, a principal arma dos que serão amplamente prejudicados, caso a Reforma da Previdência seja aprovada, é o título de eleitor. “Não se trata de chantagem. É um recado claro que os trabalhadores e as trabalhadores devem enviar ao parlamento: não votamos em quem retira nossos direitos”, frisa a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Vestuário da CUT (CNTRV), Cida Trajano.