Colatina: Trabalhadores na indústria do vestuário definem reivindicações para Campanha Salarial 2019

18/03/2019 - 15:44

Garantia de diretos e homologação segura serão prioridades da luta da categoria

              Reunidos em assembleia no auditório da Câmara Municipal no dia 21 de fevereiro, trabalhadores/as na indústria do vestuário de Colatina (ES) definiram os principais pontos da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2019. “A luta desse ano será por reajuste digno nos salários e pela manutenção dos direitos e benefícios já conquistados”, explica Teany Moreira, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário de Colatina e Região. “Além disso, buscaremos garantir a homologação segura, feita na sede do Sindicato”, complementa a sindicalista.

                A data-base dos trabalhadores/as no vestuário de Colatina é 1.º de abril e as negociações coletivas deverão beneficiar cerca de 6 mil trabalhadores.

 

Homologação na empresa prejudica demitidos

                Segundo Teany, a homologação feita na empresa, sem a presença do Sindicato, prática adotada após a reforma trabalhista de 2017, vem acarretando em vários prejuízos e calotes nas verbas rescisórias. “Os trabalhadores estão tendo muitos prejuízos. É muito frequente a ausência de depósitos do FGTS e da multa de 40% nos casos de demissões sem justa causa.  As verbas rescisórias estão sendo pagas pela metade e as empresas estão colocando faltas onde elas não existem.  Em muitos casos, os trabalhadores assinam a documentação sem receber os valores devidos e são vítimas de calote”, denuncia a sindicalista. “Além de ser um grande problema para quem está sendo demitido, isso gera insegurança jurídica para a própria empresa, pois as ações trabalhistas tendem a aumentar muito em 2019 e nos próximos anos caso a prática perpetue”, argumenta.


Reforma da Previdência

                A Campanha Salarial dos trabalhadores no vestuário de Colatina e região acontece numa conjuntura extremamente difícil para a classe trabalhadora. “O presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer acabar com a aposentadoria e com os direitos previdenciários. Além de sofrer as consequências no futuro, caso a reforma seja aprovada, nossa base perderá o direito ao PIS. Durante a mobilização pelas reivindicações da nova Convenção Coletiva vamos fortalecer a resistência contra a reforma da Previdência”, afirmou Teany.