O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou a militância do seu partido para que realizem atos no próximo domingo (27), "em cada cidade brasileira onde o PT está organizado", para reforçar o lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República.
Esta nota foi atualizada para corrigir informação de que esses atos seriam na segunda-feira; a data correta é domingo 27.
"Pouco importa se em cada ato tenha 10 ou 500 pessoas. O importante é o somatório em todo o Brasil, para deixar claro que o presidente Lula é o nosso candidato", afirmou o parlamentar.
O recado foi dado pelo deputado após visita ao ex-presidente na sede da Polícia Federal, em Curitiba, na condição de seu advogado. A juíza Carolina Lebbos havia impedido sua entrada no dia 24 de abril, alegando que não poderia exercer suas funções de advogado, enquanto parlamentar. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com mandado de segurança, e foi concedida liminar permitindo a sua entrada.
O deputado, ex-presidente da seccional da OAB no Rio de Janeiro, afirmou que Lula pode ser candidato, mesmo preso.
"Quem define a inelegibilidade de qualquer candidato é a Justiça Eleitoral. São vários casos parecidos em que a Justiça concedeu liminares, cautelares, permitindo que candidatos condenados em segunda instância possam concorrer", explicou. Ele afirmou, ainda, que houver decisão em contrário, significará que o Judiciário, mais uma vez, está criando regras que só valem para Lula.
Damous afirma que o ex-presidente está bem, mas segue indignado "com essa perseguição que se abate contra ele, todos os dias, por parte do Judiciário". Segundo o deputado, Lula reclamou que a Justiça, tão célere em condená-lo, agora demora em julgar recursos protocolados pela defesa no Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).