Há exatamente um ano atrás, no dia 17 de abril de 2016, o Plenário da Câmara aprova, por 367 votos favoráveis e 137 contrários, o prosseguimento do processo de impeachment da presidente eleita pelo povo, Dilma Rousseff. A desgraça aconteceu, entre tantos outros acontecimentos marcantes de 2016, acusando Dilma que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. O claro processo golpista de impeachment foi movido por Eduardo Cunha (PMDB), então presidente da Câmara Federal dos Deputados, hoje cassado e preso por corrupção.
A tragédia ocorrida no domingo, dia 17 de abril de 2016, transmitida em rede nacional pela imprensa e acompanhado por milhões de pessoas, foi claramente o episódio mais constrangedor de um processo iniciado meses antes dentro e fora do Congresso. Este processo foi encorajado pela mídia tradicional, onde aprovaram “por Deus, pela pátria e pela família”, o encaminhamento deste processo para o Senado Federal. A grande jogada não era acusar Dilma por um suposto crime de responsabilidade, era na verdade, levar ao poder um governo que aplicasse um pacote de retrocessos que jamais seria aprovado nas urnas.
Após seis dias de julgamento, o Senado concluiu, em 31 de agosto, o impeachment de Dilma Rousseff, cassando o mandato da presidente. O próprio Temer confessou em entrevista ao vivo na noite deste sábado (15), em rede nacional, que o pedido de impeachment foi aceito por vingança de Cunha, já que Dilma não cedeu às suas chantagens. Foram 61 sanguinários votos favoráveis e 20 contrários no julgamento que ficará marcado na história do Congresso Nacional e do Brasil.
Um ano se passou e as barbáries do governo Temer são: Reforma da Previdência, aumentando para 65 anos tempo de contribuição; Reforma Trabalhista com jornada de doze horas diárias, Terceirização precarizando os direitos dos (as) trabalhadores (as), entre outras que ainda estão por vir! Hoje paramos para nos perguntar, realmente o Brasil mudou após a saída de Dilma? Vocês que bateram panelas nas ruas pela pátria, o que estão vendo de mudanças? Movimentos sociais, avante! Continuemos bravamente nesta luta de todos nós, de cada dia, pelo Brasil.