A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, reuniu as entidades filiadas da região sudeste para dialogar sobre a mobilização para a Greve Geral do dia 28 de abril e Campanha Salarial Unificada 2017. Na reunião, que aconteceu na cidade de São Paulo, nesta terça-feira, 18, os sindicalistas discutiram também a realização da Plenária Estatutária da CNTRV, prevista para o mês de agosto deste ano, a participação do Ramo Vestuário no Congresso Extraordinário da CUT e uma estratégia de organização sindical sob a perspectiva da nova legislação, sancionada pelo presidente golpita Michel Termer, que permite terceirização e quarteirização nas atividades-fim das empresas.
O técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Leandro Horie, apresentou o cenário econômico no Ramo Vestuário com perspectiva para a Campanha Salarial Unificada de 2017. Para Cida Trajano, presidenta da CNTRV, será um grande desafio para o movimento sindical realizar as negociações reivindicatórias diante de um cenário em que o Governo e o Congresso estão retirando direitos garantidos em nossa Constituição. “”Não Vamos Entregar os Pontos” é o slogan proposta para a Campanha Salarial Unificada 2017, numa referência clara que haverá muita luta e mobilização por cada um dos direitos conquistados às duras penas no decorrer dos anos”, explicou.
Greve Geral
Com a presença do Secretário Nacional de Finanças da CUT, Quintino Severo, os participantes da reunião discutiram estratégias de mobilização para a Greve Geral do dia 28 de abril. “O diálogo nos locais de trabalho é elementar para a construção da luta no dia 28”, analisou Severo que fez ainda um balanço da organização nacional da Greve.
Terceirização
Outro tema bastante debatido na reunião se refere à organização sindical frente à nova lei das terceirizações. Os sindicalistas apontaram a necessidade da mudança no estatuto das entidades para garantir a representação dos trabalhadores terceirizados ou quarteirizados “A Lei já está em vigor. Estes trabalhadores não podem ficar à margem da representação sindical. Precisamos reorganizar os sindicatos para que representem toda a categoria, independente do vínculo empregatício”, destacou Trajano.