A Reforma da Previdência, proposta por Michel Temer, vai obrigar os trabalhadores/as a esperar até os 65 anos para realizar o pedido de aposentadoria. Contudo, esperar até 65 anos não será garantia de salário integral. Para isso, o tempo de contribuição mínimo será de 49 anos. Não será mais possível acumular pensão e aposentadoria e a “aposentadoria rural” será extinta.
O governo irá desvincular o salário mínimo dos benefícios, permitindo que o valor da aposentadoria seja inferior ao piso nacional e a pensão por morte terá novas regras, inviabilizando o recebimento integral do benefício.
Para o presidente do Sindicato dos Calçadistas, Miro Jacintho, ainda não caiu a ficha dos moradores de Jaú. “Estamos conversando com muitos trabalhadores e percebemos que existe uma boa parte que sequer está interessado no assunto, como se a medida não o afetasse em nada”, comenta.
Abaixo-assinado
Uma das principais ações desenvolvidas pelo Sindicato dos Calçadistas é a coleta de assinaturas num Abaixo-assinado em que os trabalhadores/as se posicionam contrários à Reforma da Previdência. O documento será entregue para o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (Democratas), no dia 14 de março. “Se não tiver pressão sobre os deputados e senadores a Reforma da Previdência vai passar pelo Congresso da mesma forma que passou a PEC 55 que congela em 20 anos os investimentos em saúde e educação. Independente de ideologia partidária é hora do povo reagir ou todos nós vamos morrer trabalhando”, conclama Jacintho.
Nesta quinta-feira, 9, dirigentes do Sindicato percorreram a região central de Jaú dialogando com os trabalhadores e coletando assinaturas contra a Reforma da Previdência. “Sei que somos 1 e 1 milhão, mas estamos fazendo nossa parte”, ressaltou Wagner Vieira que distribuiu uma edição especial do Jornal Movimento Calçadista revelando “a verdade sobre a PEC 287”.