Na noite desta sexta-feira (30), em São Paulo, um grande ato encerrou a Greve Geral nacional. Cerca de 40 mil pessoas foram à Avenida Paulista pedir o fim da tramitação da Reforma Trabalhista.
O dia foi marcado pela paralisação de diversas categorias, além das mobilizações em todos os estados. Ações como trancamento de avenidas, rodovias e ocupação de espaços públicas foram táticas utilizadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais para protestar.
Segundo o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, os parlamentares estão receosos de apoiar as reformas do governo golpista de Michel Temer, em decorrência da presença constante de manifestantes nas ruas, lutando pela preservação dos seus direitos. O dirigente sindical aproveitou para convocar a militância para acompanhar de perto os próximos passos da tramitação da Reforma Trabalhista.
“Os senadores estão morrendo de medo de vocês. Vocês [manifestantes] são muito fortes. Eles iam votar dia 6 e adiaram, eles estão com medo. Isso está acontecendo porque a gente não deixa esfriar, todo dia tem ato no Brasil. A greve foi forte no Brasil inteiro e mostrou a força da classe trabalhadora”, afirmou.
Ainda de acordo com Freitas, o desafio agora é aumentar a pressão sobre senadores para derrotar definitivamente a Reforma Trabalhista. “Estamos enfrentando um dos maiores golpes dos últimos 20 anos. Estamos resistindo com força, garra e luta. Já convoco aqui, vamos para Brasília no dia da votação.”
O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, adotou o mesmo tom do presidente CUTista, reforçando a analise de que se a Reforma Trabalhista não for derrotada, vai mergulhar o Brasil num contexto de conflitos e de profunda insegurança jurídica. “Hoje, o grito da classe trabalhadora ocupou as ruas do país inteiro. Vamos seguir firme contra esse golpe e contra a tomada de nossos direitos, sem dar descanso aos golpistas, nas ruas”, concluiu Boulos.
Ramo Vestuário da CUT participa de ações em todo o país
De norte a sul, as entidades filiadas à CNTRV e federações realizaram atividades nos locais de trabalho e integraram a agenda de luta em suas regiões. "Foi um dia histórico. Com certeza os trabalhadores/as demonstraram mais uma vez que não aceitarão a destruição dos direitos", avalia Cida Trajano, presidenta Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT.