O dia 25 de outubro é dedicado aos sapateiros e sapateiras. A profissão é uma das mais antigas da humanidade e se iniciou a partir da necessidade do ser humano em proteger os pés.
Nos últimos anos, os trabalhadores e trabalhadoras/as calçadistas de todo o país foram duramente afetados pela reforma trabalhista e pela terceirização da atividade fim, medidas aprofundadas no governo Bolsonaro, assim como a crise econômica, que gera ainda mais desemprego e trabalho precário no setor.
A pandemia afetou duramente a produção e o comércio de calçados impactando na renda e, consequentemente, na qualidade de vida de milhares de trabalhadoras e trabalhadores que arriscaram suas vidas para garantir o lucro dos patrões, muitas vezes, sem ter em troca nenhum reconhecimento.
Nessa trajetória, muitos foram levados pela COVI-19, aos quais rendemos nossa mais profunda homenagem e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros/as de trabalho.
Diante desse quadro, os sindicatos se mantiveram como o único instrumento de defesa de mulheres e homens que tiveram seus direitos atacados e sua renda esgotada diante da ineficácia do governo federal em estabelecer políticas públicas de controle do coronavírus e de garantia da sobrevivência dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Mesmo no pior momento da humanidade nos últimos anos, os sindicatos garantiram direitos e reajustes, além de lutar pela manutenção dos empregos. Além disso, campanhas solidárias levaram, e continuam levando, comida e esperança aos lares de muitos sapateiros e sapateiras que ainda não recuperaram seus empregos.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV) parabeniza a todas as lideranças sindicais e a cada membro da categoria - em todas as regiões do país - pela determinação na luta pela sobrevivência e pela garantia de direitos. Seguimos firmes e acreditando que a unidade da classe trabalhadora é a única saída para este momento.
São Paulo, 25 de outubro de 2021
Cida Trajano - presidenta