Recife: De 1º a 3 de outubro, no Centro de Formação e Lazer do SINDSERV/Pernambuco, foi realizado a terceira e última etapa do curso de formação de dirigentes sindicais do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI). Com o slogan “Resistência, Organização e Luta”, o projeto contou com ampla participação de sindicalistas ligados aos ramos da construção e madeira, metalúrgico, químico, vestuário e alimentação. “Essa atividade é uma conquista não só sob o ponto de vista formativo, mas também político. Ela é a prova que a unidade é o caminho para superarmos todos os desafios que nos são colocados pela conjuntura”, avaliou Cida Trajano, coordenadora do MSI, durante a mesa de encerramento do curso que contou ainda com a presença do presidente em exercício da CUT/PE, Paulo Rocha, do Secretário de Formação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), José Roberto Nogueira, e da representante da AFL-CIO Solidarity Center, Jana Silverman.
O projeto é desenvolvido pelo Macrossetor da Indústria da CUT (MSI), em parceria com o TID Brasil (Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento), com apoio da AFL-CIO Solidarity Center.
Temas abordados
Durante o percurso formativo, os participantes debateram temas que dialogam com a ação sindical nos locais de trabalho e buscam o fortalecimento das entidades frente aos impactos da reforma trabalhista e ataque aos direitos. Organização Sindical, Negociação Coletiva e Comunicação para a Ação Sindical, foram os temas centrais dos três encontros.
O programa propôs ainda que cada cursista realizasse um plano de ação sindical. Neste sentido, a sindicalização e o fortalecimento das ações nos locais de trabalho foram os principais objetivos do planejamento dos cursistas.
“Nada substitui o trabalho de base”
O terceiro módulo contou com uma palestra do ex-Ministro de Direitos Humanos do Brasil, Paulo Vannuchi, que abordou o papel da comunicação sindical na luta pela transformação social e preservação do direito à informação e acesso às tecnologias. Para Vannuchi, todas as formas, meios e veículos (modernos ou não) são importantes na comunicação dos sindicatos com suas categorias e com a classe trabalhadora de forma geral. Contudo, o mais importante, em sua visão, é o contato com os trabalhadores e trabalhadoras nos locais de trabalho. “Devemos usar todos os recursos disponíveis, dos mais tecnológicos e modernos aos convencionais, mas jamais podemos substituir o contato com o trabalhador e com a trabalhadora. Nada substitui o trabalho de base”, concluiu o jornalista que atua na coordenação da TVT.