Com ampla participação das sócias e sócios, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecções do ABC elegeu sua nova diretoria em pleito realizado no último dia 11. Aparecida Leite Ferreira, a Cidinha, foi reeleita presidenta da entidade sindical para a gestão 2019/2023 e destaca os desafios colocados para o próximo período. “A reforma trabalhista e as políticas econômicas e sociais estabelecidas pelo governo Bolsonaro colocam o movimento sindical como o principal protagonista da resistência. Os próximos anos não prometem facilidades, contudo, a nova direção do Sindicato está preparada para continuar resistindo e derrotando a onda de ataques aos direitos da classe trabalhadora e ao conjunto de suas organizações, destacou.
Compromissos
A Chapa 1, cujo lema foi “Resistência, Luta e Organização”, apresentou uma plataforma voltada ao fortalecimento da negociação coletiva, da sindicalização e da ação sindical nos locais de trabalho. Pontos como defesa da aposentadoria, da Previdência Social e do emprego, promoção da igualdade de gênero e fortalecimento da pauta da Central Única dos Trabalhadores junto à categoria, também fazem parte dos compromissos assumidos pela Chapa 1 que contou com apoio da CUT e de diversas entidades sindicais da região, em especial do Sindicato dos Químicos do ABC, cujo presidente, Raimundo Suzart, expressou total apoio à Chapa cutista. "Sabemos do comprometimento da Chapa 1 com as reivindicações da categoria e com as lutas gerais da classe trabalhadora", afirmou Suzart no jornal da Chapa.
Para Cidinha, o apoio das entidades é algo fundamental. “Agradecemos o apoio recebido pelo movimento sindical cutista para realização da nossa eleição. A solidariedade é uma marca muito forte na CUT e isso fortalece a luta em defesa dos interesses de toda a classe trabalhadora”, ressaltou.
Empoderamento das mulheres
Numa categoria formada por mulheres em sua grande maioria, a direção do Sindicato reflete a presença feminina nos locais de trabalho. Dos 16 membros, 14 são mulheres. “As mulheres estão empoderadas na representação sindical da categoria e isso se reflete nas pautas para a negociação coletiva que buscam cada vez mais atingir a igualdade de gênero nos locais de trabalho. Infelizmente, apesar da categoria ser formada por maioria de mulheres, os cargos com salários mais elevados ainda são ocupados geralmente pelos homens. Infelizmente, a indústria de confecções ainda reproduz os conceitos machistas existentes na sociedade. Empoderar as trabalhadoras do setor nos locais de trabalho é um grande desafio no segmento no Brasil e no mundo”, revela a presidenta da entidade.
Membros da Chapa 1, eleita para a nova gestão do Sindicato dos Trabalhadores/as em Confecções do ABC