Nesta terça-feira, 18, a classe trabalhadora brasileira foi vítima de mais uma tentativa de golpe contra os direitos trabalhistas. Lideranças do PSDB, PMDB, PSB, PSC, PP, PTN, PHS, PTdoB, DEM, PPS, PTB, PROS, PSL, PRP, PRB, PV, PEN E PSD protocolaram um pedido para votação em regime de urgência do substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 6.787, de reforma da legislação trabalhista. O substitutivo é ainda pior que a Reforma proposta por Michel Temer. “A votação foi apertada, mas representa uma grande vitória da classe trabalhadora”, analisou Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV.
Duzentos e trinta deputados/as votaram a favor do requerimento, que, para ser aprovado, precisava de 257 votos favoráveis. Outros 153 parlamentares votaram contra o regime de urgência.
Os partidos que se recusaram a assinar o pedido de urgência foram PT, PDT, Rede, SD, PCdoB, PMB e Psol. A oposição comemorou: “Fora Temer”, gritaram parlamentares após derrota da base aliada de Temer. Caso o pedido de urgência tivesse sido aprovado, a Câmara pularia etapas importantes para discussão do Projeto.
Protestos
Ainda nesta terça-feira, policiais civis protestaram contra a Reforma da Previdência e chegaram a ocupar o prédio da Câmara em Brasília. Eles não aceitam a idade mínima de 60 anos para aposentadoria dos policiais. Segundo a EBC, Arthur Maia (PPS/BA) relator da Reforma da Previdência, recebeu os manifestantes e se propôs em “estudar” a redução da idade mínima para policias em mais 5 anos, embora não tenha apresentado nada de concreto. “Se a Reforma da Previdência passar, a Polícia vai parar”, gritavam os manifestantes.