ABC: 5 mil pessoas nas ruas contra Reformas

10/04/2017 - 18:02

Ato foi realizado no último sábado, 8, pelo Comitê Regional ABC Contra a Reforma da Previdência

                No último sábado, 8, as ruas centrais de São Bernardo do Campo ficaram tomadas por manifestantes contrários à Reforma da Previdência. Cerca de 5 mil pessoas participaram do  Ato que foi organizado pelo Comitê Regional Contra a Reforma da Previdência. Cida Trajano, presidenta do CNTRV, representou o Ramo Vestuário da CUT. “Esta é uma bela demonstração de que a classe trabalhadora está reagindo”, avaliou Trajano.

                A concentração do ato começou por volta das 9h, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC seguida de passeata por ruas do centro da cidade, até chegar à Praça da Matriz.

 

'Temer não vai conseguir aprovar'


                Deputados federais também participaram da manifestação, entre eles Vicente da Silva, o Vicentinho, e Paulo Teixeira, ambos do PT. Em seus discursos, eles citaram que a base do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional não está fechada a favor da reforma da Previdência e que a PEC 287, que trata da reforma, teria nesse momento o apoio de uma minoria de parlamentares.

                "Temer começou a ter graves problemas no Congresso, ele perdeu apoio. A última pesquisa mostra que a maioria dos deputados é contra (a reforma da Previdência). Isso está fazendo com que ele mexa nos temas, mas não mexeu em nenhum ponto fundamental. As mobilizações de rua vão derrotar a reforma da Previdência", declarou o Paulo Teixeira.

 

Precarização


                "Temer se aposentou aos 55 anos, e por que a gente vai ter que trabalhar 49 anos para se aposentar? Todas as reformas desse governo são contra o povo", afirmou o eletricista Carlúcio Gomes de Oliveira, ao explicar por que saiu de casa para protestar contra as medidas propostas pelo governo.

                Já para a auxiliar administrativa Adriana de Assis, as empresas serão as grandes beneficiadas com as reformas. "Elas (empresas) vão pagar menos pelo nosso trabalho, com a terceirização. Os direitos vão por água abaixo e não podemos ficar à mercê do governo. Temos que ir para rua como hoje."