Nesta quinta-feira, 21, na capital gaúcha, dezenas de mulheres se reuniram numa oficina de debates sobre a discriminação e a violência de gênero no local de trabalho . A atividade, que fez parte do Fórum Social Mundial Temático, contou com a participação da Secretária de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vestuários, CNTV/CUT, Márcia Viana. Para ela, apesar da organização e luta das mulheres trabalhadoras brasileiras ter se ampliado nos últimos anos, ainda há muito para conquistar. “ Vejo que uma das questões fundamentais é a superação das diferenças salariais. O compartilhamento das responsabilidades e tarefas familiares e o avanço em políticas públicas como a ampliação das vagas em creches, trarão à mulher mais qualidade de vida, contudo, os direitos devem ser de fato garantidos e a violência contra a mulher precisa cessar. As entidades sindicais e sociais têm papel elementar para a educação e luta contra toda forma de preconceito, violência e desigualdade entre homens e mulheres”, analisou a sindicalista.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, a Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, afirmou que os tipos de violência sofridos pelas mulheres nos locais de trabalho são inúmeros e vão desde a remuneração diferenciada (mulheres recebem 30% menos que os homens, apesar de ter mais tempo de estudo) e a discriminação no ato da contratação até o assédio moral e sexual, dentre outros.
Mulher e sindicalismo
As participantes debateram também os desafios do movimento sindical brasileiro frente ao combate à discriminação e à violência contra a mulher no mercado de trabalho. Os baixos índices de sindicalização feminina em determinados ramos e as dificuldades enfrentadas para ampliar a participação da mulher trabalhadora em espaços de decisão das entidades sindicais são alguns deles.