Dezenas de mulheres e homens atenderam o chamado da diretoria do Sindicato do Vestuário de Sorocaba para um Debate sobre os prejuízos da Reforma da Previdência, realizado na última sexta-feira, 10, na sede da entidade. “O objetivo central do encontro foi debater sobre os prejuízos da Reforma da Previdência para a mulher trabalhadora e assim mobilizar mais pessoas contra a PEC 287”, explicou Paula Proença, presidenta do Sindicato.
A vereadora Iara Bernardi (PT) participou do Encontro e falou sobre todas as formas de violência contra a mulher, incluindo as retiradas de direitos promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PSDB).
Reforma aprofundará a desigualdade entre homens e mulheres
Os participantes puderam conhecer os principais pontos da reforma, tais como: criação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, aumento do tempo mínimo de contribuição para ter direito à aposentadoria de 15 para 25 anos, aumento do tempo de contribuição para aposentadoria integral para 49 anos (independente do sexo), desvinculação do salário mínimo da aposentadoria, fim da aposentadoria rural, novas regras para pensão por morte e proibição do acúmulo entre aposentadoria e pensão. “Os prejuízos são para todos, mas as mulheres sofrerão ainda mais. Somos as maiores vítimas do desemprego e temos dupla jornada. Nos igualar aos homens é uma injustiça sem precedentes, sem contar que, para aposentadoria integral, teríamos que ter iniciado nossas contribuições para o INSS aos 16 anos. É uma proposta cruel, ainda mais vinda de um político como Michel Temer que se aposentou aos 54 anos de idade e recebe mais de 30 mil reais de aposentadoria. Mas a Reforma não vai mudar isso. Os políticos continuarão com seus privilégios enquanto o povo irá morrer trabalhando”, ressaltou Márcia Viana, dirigente sindical.
Resistência
Atualmente, a Reforma da Previdência se encontra em trâmite na Câmara dos Deputados. Desde o início de mês de março uma série de protestos e ações já foram realizados contra a Reforma da Previdência. O dia 15 de março será de paralisações em todo o país. Entidades de diversos setores estão se engajando na luta contra a PEC 287. “O povo precisa sair às ruas. Só assim vamos impedir que deputados e senadores aprovem esta destruição da aposentadoria”, concluiu Proença.